Tamanho da fonte:
PEDAGOGIAS E MÍDIAS NA ABORDAGEM DOS ESTUDOS CULTURAIS
Última alteração: 10-09-2019
Resumo
No presente trabalho, que focaliza estudos sobre Pedagogias das Mídias, desenvolvido no escopo dos Estudos Culturais em Educação, temos como propósito coletar, organizar, categorizar e analisar produções disponíveis em diversos repositórios online, tais como o Manancial (UFSM), o Lume (UFRGS), a CAPES, o Repositório da UPF, e o banco de dados da ULBRA. O objetivo principal da pesquisa é mapear os diferentes temas e caminhos que as pesquisas publicadas no campo dos Estudos Culturais em Educação. As produções foram categorizadas a partir do artefato a que estavam veiculadas; ou seja, catalogamos estudos sobre Televisão (18), Rádio (17), Mídia Impressa (76) e Mídia Online (164). Posteriormente, estabelecemos outras sub- categorias: estudos sobre Cinema (23); Revistas (31); Jornais (34); e Sites (119). Algumas das pesquisas levantadas foram descartadas, pois, apesar de focalizarem mídias, não se valiam das perspectivas dos Estudos Culturais. Foram contabilizados até este momento 472 estudos e as direções analíticas apontam para um visível aumento, na última década, dos estudos que focalizam as mídias online, como as redes sociais, os sites e os blogs. O aumento é mais perceptível se colocado em perspectiva com a visível diminuição de trabalhos que desenvolvem análises a partir das chamadas mídias tradicionais (mídias jornalísticas, radiofônicas, e televisivas), que eram frequentes até o final dos anos noventa do século passado. Passamos a atentar, então, para os estudos que versam sobre as chamadas mídias eletrônicas. E esses estudos examinam e discutem uma variedade de instâncias, bem como de temas e problemáticas que povoam as discussões contemporâneas sobre política, raça, gênero, sexualidade, saúde, desigualdades, diferenças, direitos humanos, entre muitas outras, que mobilizam os sujeitos nos dias atuais. Cabe salientar que na abordagem assumida a partir dos Estudos Culturais interessa, especialmente, marcar o papel constitutivo que tais redes têm sobre as formas dos sujeitos se posicionaram no contexto social. E essas pesquisas focalizam tanto o uso de aplicativos que possibilitam aprendizagens específicas, tema abordado na dissertação de mestrado de Franciele Krumenauer Vieira, intitulada “O Ensino de Línguas Estrangeiras em Aplicativos para Telefones Celulares – A Aprendizagem como um Game (PPG Educação da ULBRA, 2018), sendo esse um estudo que relaciona diretamente a educação a essas redes, quanto aplicativos para relacionamentos (a tese de Doutoramento de Luiz Felipe Zago, PPG/Educação da UFRGS, 2013), estudos sobre o youtube (Darcyane Rodrigues de Melo, PPG Educação da ULBRA, 2018), blogs (a tese de doutorado de Bruna Rocha Silveira, PPG/Educação da UFRGS, 2016; a tese de Jacqueline Aguiar, PPG/Educação da ULBRA, 2018; e a tese de Jane Petry da Rosa, PPG/Educação da UFSC, 2019), sobre o facebook (a tese de Marcilene Forechi, PPG/Educação da UFRGS, 2018), sobre associações entre o aplicativo de relacionamento tinder e o facebook (a tese de Tatiana Parenti Filha, PPG/Educação da UFRGS, 2018), sobre fanpages (a dissertação de mestrado de Aloha Beck, 2019, PPG/Educação da ULBRA), ou ainda as interações entre narrativas midiáticas e movimentos populares (a dissertação de mestrado de Barbosa (PPG/Educação da ULBRA, 2013), para citar alguns estudos recentes que focalizam estas mídias e como essas adentram em (e operam sobre) modos de ser, estar e viver no tempo presente.