Portal de Eventos da ULBRA., XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA MORADORAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE - RS
Vitória Fernandes Porto, Isabela Luzardo Monteiro, William Cavalheiro, Eliane Silveira, André Vieira

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


As novas configurações familiares apontam uma crescente de mulheres chefiando seus lares no qual assumem o principal papel de mantenedoras financeiras. Segundo dados do IBGE (2010), o último censo aponta 87,4% de mulheres chefes de família, quando que no passado, este era um papel ocupado majoritariamente por homens, no que se concerne, mulheres eram vistas somente como "cuidadoras" do lar. Atualmente coloca-se em  debate a tripla jornada de trabalho, onde mulheres exercem atividades laborais somadas com as tarefas domésticas e cuidados com os filhos. A pesquisa tem como escopo avaliar o perfil socioeconômico de mulheres chefes de família residentes de um conjunto habitacional localizado na região metropolitana de Porto Alegre, RS. Este estudo faz parte do projeto de mestrado intitulado “Determinantes da qualidade de vida dos responsáveis pelas famílias beneficiadas de um programa social de habitação na região metropolitana de Porto Alegre, RS, aprovado no comitê de ética da ULBRA (parecer n° 3.452.076). A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista sociodemográfica semiestruturada. Foram entrevistadas 31 residências, do qual, 8 delas são chefiadas por mulheres, correspondendo a 27,5% da mostra. A média de idade entre as participantes foi de 60 anos, com a idade mínima de 26 anos e  a máxima 88 anos. Em relação à atividade laboral, 12,5% são vendedoras, 12,5% domésticas, 12,5% trabalham com serviços gerais, 12,5% servidoras públicas, 25% aposentadas e 25% do lar. A renda mensal foi de 12,5% com até R$ 500 reais, 75% de R$ 500 a R$ 1000, e 12,5% R$1500 a 2000 reais. Em 50% dos casos a renda total mantém 4 pessoas ou mais em uma família, em 37,5% a renda é dividida em 3 pessoas e 12,5% a renda é para uma pessoa. O grau de escolaridade de 75% das mulheres é de Ensino Fundamental Incompleto, 12,5% têm Ensino Fundamental Completo e 12,5% com Ensino Médio Completo. O estado cívil de 37,5% são viúvas, 25% são divorciadas, 25% são solteiras e 12,5% são casadas. Entre elas apenas 12,5% constituem família monoparental. Mulheres chefiando as famílias são uma importante mudança no padrão dos arranjos familiares brasileiros. Contando com o aspecto de que muitas destas mulheres não são chefes por necessidade mas sim, por empoderamento e emancipação financeira fazendo  com que elas passem a ser mais reconhecidas dentro de seus lares como pessoas de referência. Com esta nova formação familiar a sociedade necessita de novos desafios na área de políticas públicas para atender as demandas dessas mulheres que tem uma extensa jornada de trabalho.

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