Portal de Eventos da ULBRA., XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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PERDA DENTAL E QUALIDADE DE VIDA DE INDIVIDUOS DAS CLASSES D e E
Guilherme Anziliero Arossi

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


A qualidade de vida relacionada à saúde oral transcende a ausência de doença e envolve fatores psicológicos, pois uma boa condição de saúde bucal permite falar, mastigar, reconhecer os sabores dos alimentos, sorrir, não sentir dor e se relacionar com as pessoas sem medo, vergonha e constrangimento. A perda dental, independente do motivo, é um trauma físico e emocional, uma mutilação oral que tem impacto na qualidade de vida da pessoa que sofreu a perda. As dificuldades decorrentes destas perdas dentais podem levar o sujeito a sofrer internamente, influenciando o modo como vivem se relacionam e agem no cotidiano. Pessoas das classes menos privilegiadas tem menor acesso aos serviços de saúde odontológicos, o que pode levar a perdas dentais evitáveis. O objetivo desta pesquisa é Investigar a perda dental, e a percepção da qualidade de vida relacionada à saúde oral de pacientes atendidos no curso de odontologia da ULBRA, no período de fevereiro/ 2017 a julho/2019. Este é um estudo descritivo transversal, aprovado pelo CEP via Plataforma Brasil segundo o parecer nº nº 1.836.613.   Este trabalho é um recorte que faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo, chamado SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA. A coleta dos dados ocorreu na forma de questionários autoaplicáveis e de instrumentos preenchidos pelos pesquisadores. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Ficha de avaliação do índice CPOD (dentes perdidos), questionário OHIP-14, questionário de caracterização de condições sócio-econômico-demográficas. A coleta de dados ocorreu durante a consulta inicial dos pacientes na clinica-Escola de Odontologia da ULBRA/Canoas e ULBRA Torres (n=180). Os dados coletados foram tabulados e foi realizada a análise estatística, quando foi realizado um coorte na população com renda até 5 salários-mínimos (Classes Sociais D e E). Os resultados mostram que a média de perdas dentais variou entre 7 e 10 dentes, e não houve diferença estatisticamente significativa entre homens e mulheres, independente da localização da perda no arco dental. A qualidade de vida relacionada a saúde oral foi estatisticamente menor nas mulheres. Este estudo mostrou que há um grande número e perdas dentais nas classes sociais mais baixas, e que isso vem afetando a qualidade de vida, principalmente das mulheres.


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