Última alteração: 10-09-2019
Resumo
BORBA, Jaqueline Ronconi1; PENSO-CAMPOS, Jéssica Mazutti2; PERICO, Eduardo3; VIEIRA, André Guirland4; SILVEIRA, Eliane Fraga5
Palavras-chave: Hanseníase; Rondônia, Prevalência de Portadores de Hanseníase
A hanseníase é uma doença antiga, complexa e altamente mutilante, especialmente, quando diagnosticada tardiamente. Considerando o contexto do adoecimento que pode levar às deformidades físicas, discriminação e exclusão social. Considerando a relevância que representa a hanseníase no estado, de Rondônia, tanto em termos expressos pelos números da doença como de sua posição estratégica na região. Conforme os últimos informes, o estado de Rondônia possui os maiores números de casos quando comparado com outros Estados do Brasil, e está classificado como ‘muito alto’, de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde. O presente estudo tem por finalidade analisar a prevalência das pessoas afetadas pela Hanseníase a fim de identificar estratégias para abolir ações discriminatórias e promover políticas que facilitem a inclusão de pessoas afetadas pela hanseníase em Rondônia. Trata-se de estudo de revisão integrativa, de cunho epidemiológico cujo cenário foi o estado de Rondônia. O período de levantamento de dados compreendeu o ano de 2017, o que possibilita uma melhor aproximação da realidade da endemia. Os dados epidemiológicos foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN e DATASUS). Após o levantamento de dados frente à doença, realizou-se a revisão integrativa da literatura considerada um método que conduz ao conhecimento de uma forma mais condensada e agrega-se na finalidade da obtenção de resultados significativos aos profissionais quanto à temática na prática da atenção em saúde. No total entre os 52 municípios analisados de Rondônia, foi encontrado 575 casos notificados (SINAN e DATASUS) de portadores de hanseníase, com média e desvio padrão de (11±15,8). Destes, 6 municípios (11,5%) nãoapresentaram nenhum caso, 21 municípios (46,6%) apresentaram até 5 casos,e 54,4% apresentaram acima de 5 casos, sendo que o maior número de casosencontrados foi 73. Considerando apenas os municípios que apresentaramcasos confirmados (46), o número médio de portadores foi 13 (DP=15,8). Emrelação ao sexo dos portadores 41,91% (n=241) são mulheres e, 58,09%(n=334) são homens. As maiores incidências ocorreram nas faixas etárias de20 a 34 anos (23%), 35 a 49 anos (34%) e 50 a 64 anos (26%). A forma clínicapredominante foi a Dimorfa (60%), seguida da Virchowiana (16%),Tuberculóide (12%), e forma clínica indeterminada (12%). Embora ahanseníase hoje se mantenha nos países mais pobres e nestes nos estratos depopulação menos favorecidos, não se sabe ao certo o peso de variáveis comomoradia, estado nutricional. A continuidade do presente trabalho prevê avaliara influência dos fatores socioeconômicos na espacialidade geográfica dadoença.
1 Mestranda do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade ULBRA Canoas/RS.
2 Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Univesidade do Vale do Taquari-Univates.
3 Professor do Programa de Pós Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Univesidade do Vale do Taquari-Univates.
4 Orientador do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade ULBRA Canoas/RS.
5 Orientadora do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade ULBRA Canoas/RS.