Portal de Eventos da ULBRA., XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANÁLISE DO PERFIL FITOQUÍMICO E DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ETANÓLICO DE Calea serrata Less.
Guilherme Borsoi, Hellen Kaiane George, Alexandre de Barros Falcão Ferraz

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


O estresse oxidativo tem sua relação associada a mais de 50 patologias, entre elas, doenças inflamatórias cardiovasculares e respiratórias e câncer. Pois, já foi relatado que inflamações participam no aparecimento e desenvolvimento de lesões cancerígenas. Os agentes antioxidantes reduzem o estresse oxidativo, pois são capazes de estabilizar a carga iônica dos radicais livres. Os compostos fenólicos encontrados em diversas plantas possuem a capacidade de estabilizar os radicais livres e em alguns casos atuam até mesmo como quelantes de metais. Dentro dos compostos fenólicos se encontram os flavonoides, citados na literatura como importantes antioxidantes na inativação dos radicais livres devido a capacidade de doar átomos de hidrogênio e, inibir as reações em cadeia provocadas pelos radicais livres. Dessa forma é importante a pesquisa e utilização de novos agentes antioxidantes devido ao aumento da exposição à radicais livres e ao aumento do desenvolvimento de doenças crônicas. As plantas do gênero Calea têm sido utilizadas na medicina popular, no tratamento de úlceras (Calea urticifolia), distúrbios digestivos (Calea pinnatifida) e além de casos de dor de barriga, úlceras, afecções do fígado e estômago (Calea serrata). Dessa forma, Calea serrata é uma planta nativa com poucos estudos químicos e biológicos e devido ao seu uso popular pode apresentar propriedade antioxidante. Por isso, este trabalho tem como objetivo analisar os constituintes fitoquímicos, determinar o teor de fenólicos e flavonoides totais e verificar a atividade antioxidante das folhas de Calea serrata. As folhas de Calea serrata foram coletadas em março de 2019 no município de Nova Santa Rita – RS. A análise fitoquímica das folhas foi realizado através de ensaios colorimétricos qualitativos. O extrato etanólico das folhas de Calea serrata foi obtido por método Soxhlet. Os teores de compostos fenólicos e flavonoides totais foram quantificados pelo método de Folin-Ciocalteu e com cloreto de alumínio, respectivamente. O potencial antioxidante do extrato etanólico foi determinado pelo método utilizando o radical livre DPPH. Calea serrata apresentou entre seus constituintes: flavonoides e saponinas. O extrato etanólico apresentou um teor de fenólicos de 276,254 ± 8,073 mg/g EAG, um teor de flavonoides de 1,880 ± 0,424 mg/g EQ e sua atividade antioxidante apresentou um IC50 = 144,234 ± 3,989 µg/mL. Devido aos teores encontrados podemos considerar Calea serrata com uma espécie com uma atividade antioxidante regular, sendo necessário um estudo mais aprofundando para se identificar quais os constituintes responsáveis por essa ação.


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