Última alteração: 10-09-2019
Resumo
Com o aumento da sobrevida da população, o perfil epidemiológico da população idosa é caracterizado pelo predomínio das condições crônicas e por elevada taxa de mortalidade e morbidade. Assim, um dos grandes desafios atuais é possibilitar a este grupo uma vida mais saudável e com melhor qualidade. Assim, o objetivo deste trabalho é conhecer a importância da saúde na vida de pessoas com 60 anos ou mais. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e qualitativo. A coleta dos dados foi realizada nos anos de 2017 e 2018, com 28 pessoas com 60 anos ou mais, sendo 21 mulheres e sete homens, moradores de Porto Alegre e Região Metropolitana do estado do RS, a partir de entrevista semiestruturada. Para a análise dos dados foi realizada Análise de Conteúdo Temático, proposta por Minayo. Os dados aqui apresentados são parciais e este estudo faz parte de um projeto maior intitulado “Percepção de felicidade e trabalho e a promoção da saúde”, com parecer do Comitê de Ética em Pesquisa nº670052170005349. Para os entrevistados, é importante envelhecer com saúde, pois ela possibilita estar bem e sentir-se sem dor. Segundo Rosa (69 anos), saúde é a chave da vida, é não conviver com certas doenças e saber se cuidar. Para Margarida (64 anos), ter saúde é não ter empecilho e fazer o que quer. Orquídea (73 anos) corrobora com esta ideia, referindo que saúde... é não ter dor, não ter nenhuma doença grave, poder sair e fazer exercícios. Para Cravo (66 anos), se a pessoa não tem saúde, tudo fica péssimo. As falas dos entrevistados apontam a importância da saúde para que possam ter uma vida com mais autonomia, sem precisarem conviver com a doença e suas consequências. As ações voltadas para a população idosa devem contemplar não somente o acesso e qualidade dos serviços de saúde como o planejamento de ações que possam impactar positivamente na sua saúde.