Última alteração: 10-09-2019
Resumo
PERFIL SÓCIODEMOGRÁFICO DE GESTANTES DE ALTO RISCO PARTICIPANTES DE GRUPO INTERDISCIPLINAR EM 2018
SANTOS, Jenifer G.S. 1; VIVIAN, Aline Groff 2 ; MIOTO, Sabrina R. 3 ; AZEVEDO, Cínthia.4;SALUM, Tiane N. 5 .
1 Acadêmica do Curso de Psicologia da ULBRA. Bolsista Voluntária de Extensão e Iniciação Científica no Projeto Bebê e Seu Mundo. E-mail: jenifersantos2910@gmail.com ; 2 Psicóloga, Mestre e Doutora em Psicologia (UFRGS). Prof.ª do Curso de Psicologia e Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde (PPG PróSaúde), da Universidade Luterana do Brasil. E-mail: alinegvivian@gmail.com ; 3 Fisioterapeuta. Mestranda no PPG PróSaúde ULBRA com apoio da CAPES (mediante Bolsa de Mestrado). E-mail: sabrinamioto94@gmail.com ; 4 Psicóloga. Mestranda no PPG ProSaúde ULBRA. E-mail: cinthiacs@gmail.com (taxista CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior); 5 Médica Obstetra e Ginecologista . Prof.ª do Curso de Medicina da ULBRA. E-mail: tianesalum@gmail.com .
Palavras chave: Gestação de alto risco, intervenção em grupo, interdisciplinaridade, saúde materno-infantil.
Introdução: A gravidez é um fenômeno fisiológico com implicações psicológicas e sua evolução ocorre na maioria dos casos sem intercorrências, porém algumas gestantes apresentam maior probabilidade de risco tanto por terem características específicas quanto por sofrerem algum agravo clínico 1,5. Sendo assim, a gravidez de alto risco compreende todas as situações que podem interferir no desenvolvimento de uma gestação, incluindo aspectos tanto da saúde materna como da fetal7. No Brasil, aproximadamente 15% das gestações são caracterizadas como de alto risco, sendo os diagnósticos de diabetes gestacional e hipertensão as causas mais frequentes indicativas dessa condição, incluindo características individuais da gestante, condições sóciodemográficas desfavoráveis, história reprodutiva anterior, condições clínicas preexistentes 2. Objetivos: Descrever o perfil sóciodemográfico das gestantes de alto risco, participantes de um grupo interdisciplinar de promoção da saúde materno-infantil. Metodologia: Estudo descritivo, de caráter quantitativo com gestantes internadas em um Hospital Universitário de Canoas. Foram realizados 25 encontros em grupo, com duração de 1 hora cada, no período de abril a novembro de 2018. A abordagem se deu em equipe interdisciplinar composta por professores e acadêmicos de Psicologia, Medicina, Fisioterapia e Odontologia e mestrandas do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde. Resultados : Os encontros contemplavam as seguintes temáticas: Primeira Infância; Gestação e Relação Mãe Bebê; Parto e Puerpério; Alimentação e Aleitamento; e Rede de apoio. Participaram 68 gestantes com idades entre 16 e 44 anos, residentes na região metropolitana de Porto Alegre, cuja etnia foi diversificada sendo branca 55,9%, 11,8 % negra, 32,4% parda. Quanto ao estado civil 79,9% eram casadas ou em união estável, 19,1% solteiras. O nível de escolaridade variou de ensino fundamental completo 30,9% e ensino médio completo, 33,8%, superior completo 1,5%, superior incompleto 1,5% e analfabetas 1,5%. Quanto ao período gestacional 75% estavam no terceiro trimestre, no segundo 16,1% e no primeiro 8,8%. Com base no número de gestações, 75% das mulheres tinham até 3 filhos enquanto 25% tinham mais de 4 filhos, sendo destas apenas 25% com histórico de perda gestacional. Relacionando a gestação atual 59% foram planejadas. Quanto às atividades remuneradas 40% tinham emprego fixo, 8,8% eram autônomas e 40% sem atividades e as demais em estágios e auxílio doença. Quanto à distribuição de renda: 40% não tinha renda pessoal, 22% com um salário, 32% dois salários e 5,8% três ou mais salários mínimos.Discussão: A gravidez é um acontecimento complexo em que a atenção à saúde da gestante deve se dar em contexto biopsicossocial, portanto a assistência pré-natal de alto risco direciona-se para um panorama humanizado. O trabalho interdisciplinar mostra-se essencial na atenção integral à saúde da gestante, pois estas têm a chance de refletir sobre as estratégias adquiridas ante sua condição clínica e elaborar experiências difíceis, melhorando sua qualidade de vida, além de oportunizar que as emoções e dificuldades de enfrentamento se revelem 3,4,6. Conclusão:Conhecer o perfil das usuárias contribuiu para o planejamento de intervenções apropriadas a essa população.
Referências:¹ Barbosa, R. V., Feijão N. L., Moreira F. S., Lima A. S. R., Moreira, K. A. & Henriques A. C. (2013). A subjetividade do cuidado pré-natal na gravidez de Alto risco: revisão integrativa da literatura. Diálogos Acadêmicos, 2(1), 65-71. ² BRASIL. (2012). Gestação de alto risco: manual técnico. 5a ed.. Brasília, Editora do Ministério da Saúde.. ³ Caldas D. B., Silva A. L., Böing E., Crepaldi M. A. & Custódio Z. A. (2013). Atendimento psicológico no pré-natal de alto risco: a construção de um serviço. Psicologia Hospitalar, 11(1), 66-87. 4 Leite M. G. Rodrigues D. P., Sousa A. A., Melo L. P. & Fialho A. V. (2014). Sentimentos advindos da maternidade: revelações de um grupo de gestantes. Psicologia em Estudo 19(1), 115-124. 5 Piccinini, C. A., Lopes, R. D., Gomes, A. G. & Nardi, T. D. (2008). Gestação e a constituição da maternidade. Psicologia em estudo, 13(1), 63-72. https://doi.org/10.1590/S1413-73722008000100008. 6 Pisoni, C., Garofoli F., Tzialla C., Orcesi S., Spinillo A., Politi P., Balottin U. & Stronati P. M. (2014). Risk and protective factors in maternal–fetal attachmentdevelopment. Early Human Development, 90(2), 45-46. https://doi.org/10.1016/S0378-3782(14)50012-6. 7 Rezende,C. L , & Souza, J.C. (2012). Qualidade de vida das gestantes de alto risco de um centro de atendimento à mulher. Psicólogo informação, 16(16), 45-69.