Tamanho da fonte: 

O paciente crítico internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) apresenta comprometimentos importantes como a fraqueza muscular, devido a diversos fatores limitantes, sendo um deles a imobilidade no período de internação. Essa fraqueza adquirida na UTI, pode afetar diretamente na funcionalidade e qualidade de vida desse individuo, podendo persistir por longos anos após a alta hospitalar. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a funcionalidade do paciente durante a internação na UTI do Hospital Universitário GAMP Canoas. A pesquisa caracteriza-se por um estudo de coorte prospectivo, onde os pacientes foram avaliados ao internarem na UTI e na alta da mesma, através da Functional Status Score for the ICU (FSS-ICU). Essa é uma das ferramentas utilizadas na avaliação da função física no âmbito da UTI, envolvendo 5 tarefas funcionais, onde cada tarefa é avaliada com uso de uma escala ordinal de 8 pontos que varia de zero (totalmente incapaz de realizar) até 7 (independência completa). A coleta da pesquisa ocorreu no período de março de 2017 à julho de 2018 na UTI do Hospital Universitário de Canoas. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 17 anos. Participaram do estudo 75 pacientes com idade mediana de 63 (17 – 94) anos, com predomínio do sexo masculino 51 (68%), com 4 (1 – 25) dias de mediana de internação na UTI e 11 (1 – 68) dias em internação hospitalar. Os resultados foram analisados através do Teste não paramétrico de Friedman (p<0,05). A mediana da funcionalidade na internação na UTI foide 13 (0-35) pontos e, na alta da Uti foi de 24 (0-35) pontos (p<0,0001). Os resultados obtidos evidenciam um declínio funcional no momento de internação, com posterior incremento ao longo da internação de acordo com a FSS-ICU. Com esses resultados encontrados, ressaltamos a importância de protocolos de mobilização precoce no intuito de minimizar essa perda na funcionalidade dos pacientes críticos.

UTI, funcionalidade, mobilização precoce.