Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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SAÚDE NA ESCOLA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS NO ENFRENTAMENTO DAS VIOLÊNCIAS
Natállia Boff de Oliveira, Deborah Luíza Christ Londero, Johana Grigio, Myriam de Melo, Nathalia Weigel, Luísa Russo Soares, Gehysa Guimarães Alves, Ângela Maria Pereira da Silva, Eliete Ribeiro Falcão

Última alteração: 08-09-2018

Resumo


A pesquisa “Saúde na Escola: o enfrentamento das violências” surge em meio ao cenário contemporâneo, onde as práticas sociais estão cada vez mais permeadas pelas múltiplas formas de violência. Na medida em que, no Brasil, a violação dos direitos e a violência são naturalizadas, seja pela exposição ou participação, acaba impactando a vida de todos os sujeitos expostos a ela. O objetivo é conhecer sobre as violências no contexto escolar e de que forma essas práticas são compreendidas pelos diferentes sujeitos (escolares, professores e corpo diretivo) em duas escolas estaduais de um município da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS. O estudo obteve autorização das escolas e parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da ULBRA, sob o número 2.175.398, em julho de 2017. O estudo é descritivo, de série de casos, com abordagem qualitativa, envolvendo 60 alunos e 14 professores. A pesquisa dispõe de um questionário autoaplicado, observação não participante, diário de campo e pesquisa bibliográfica. A partir da coleta de dados nas duas escolas estaduais de um município da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS, foram constatados obstáculos para a aplicabilidade de uma política efetiva na prevenção às violências, na medida em que a escola é atravessada por uma série de demandas que extrapolam os currículos. Os professores demonstraram falta de conhecimento sobre os diferentes tipos de violência, além de uma resistência inicial ao preenchimento do questionário e inicialmente até reticentes se os resultados desse projeto de pesquisa irão ou não promover melhorias em seu ambiente de trabalho e no desempenho das suas atividades. No final do ano de 2017 após o período de paralisação ocorreu a supressão de debate, pois os conteúdos primordiais foram priorizados em detrimento das temáticas sociais em sala de aula. Isso é constatado pela sensação de impotência por parte dos professores com relação às ofensas e gestos obscenos, da ideia de pedir remanejo, das tratativas a cada episódio de violência na busca de uma postura empática por parte dos perpetuadores. Com relação aos alunos a percepção que a escola não atua para dirimir tais situações, pois por vezes envolve a escassez de professores e boa parte releva para não criar uma maior tensão nas relações em sala de aula.  Desse modo, nossas conclusões são que, embora todos os avanços obtidos por meio das legislações e normativos brasileiras no campo de respostas estatais ao problema, ainda carecemos de ações concretas e efetivas para a coibição da violência. Portanto, essas informações poderão auxiliar o pedagógico no delineamento de programas ou ações preventivas de acompanhamento ao trabalho dos professores e rever os planos de aula como oportunidade para melhorar o debate desenvolvido no contexto escolar sobre o impacto das violências na saúde de todos os implicados.


Palavras-chave


saúde; escolas; violências; estratégias.

Texto completo: PÔSTER