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VULNERABILIDADE À DOENÇAS EPIDÊMICAS E O PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS ALUNOS DA EAD – ULBRA
Última alteração: 06-09-2018
Resumo
O estudo tem como tema, a vulnerabilidade à doença epidêmica em relação ao perfil sócio econômico dos alunos da EAD – ULBRA. Sabe-se que a urbanização em grandes centros urbanos, trouxe problemas por exposição a riscos e degradação ambiental. Epidemia se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença (MORAES, 2008). O conceito de vulnerabilidade socioambiental pode captar e traduzir os fenômenos de sobreposição espacial e interação entre problemas e riscos sociais e ambientais, sendo adequado para analisar o crescente entrelaçamento entre as dimensões sociais e ambientais da urbanização (ALVES; TORRES, 2006). Algumas doenças epidêmicas, já estiveram erradicadas ou restritas geograficamente como a dengue (CATÃO, 2016). Entretanto nos dias atuais, voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e de saúde. Por isso a relevância da pesquisa em reconhecer nos alunos EAD – ULBRA, a vulnerabilidade em relação a doenças epidêmicas, como chikungunya, dengue, febre amarela e zika. O objetivo foi identificar e estabelecer indicadores socioeconômicos para definir a vulnerabilidade às doenças, a partir de dados quali-quantitativos sobre classe social, sexo, idade, cor, estado civil, renda e moradia. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa quali-quantitativa com aplicação de questionário com perguntas apoiadas no perfil social, ambiental e de saúde. O questionário foi elaborado e disponibilizado na plataforma Google® (formulario.doc) no segundo semestre de 2017, via link a 9.604 alunos, destes 250 responderam. O levantamento inicial dos dados, indica que 2,4% dos alunos contraíram dengue, 1,2% vírus da zika, 0,4% chikungunya e febre amarela e 96% responderam que não tiveram nenhuma das doenças epidêmicas indicadas no questionário. Os alunos que contraíram dengue, residem nos estados do Espirito Santo, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná e Tocantins, as faixas etárias variam entre 18 a 25, 26 a 30, 36 a 40 e acima de 40 anos. Em sua maioria são do sexo feminino, com trabalho informal, que se auto declararam brancos e com renda de até um salário mínimo. Estes alunos informaram que residem com 4 a 5 pessoas e se declaram, solteiros. Os alunos que contraíram Zika, residem no estado do Rio de Janeiro, idades variam entre 18 a 25 e acima de 40 anos. Em sua maioria são do sexo feminino, servidores públicos, que se auto declararam pardos e renda que varia de zero a 4 a 5 salários mínimos. Deles, 28% residem no estado do Rio de Janeiro, 18% nos estados do Pará e Alagoas. Os demais estados apresentaram 9% de índice de contágio. Os resultados são preliminares e servirão de subsídios para a segunda etapa dos estudos na elaboração de analises estatísticas onde serão correlacionados osdados ambientais e socioeconômicos para definir os índices de vulnerabilidade socioambiental dos alunos da ULBRA-EAD.
Palavras-chave
Doenças Epidêmicas; Espaço Geográfico; Saúde; Vulnerabilidade Socioambiental
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