Última alteração: 10-09-2018
Resumo
Em função da grande necessidade de água que os seres vivos necessitam para a sobrevivência devemos buscar alternativas para racionalizar o uso da água sem interferir no desenvolvimento agrícola, industrial e humano. Desta forma estre trabalho visa quantificar a produtividade e a qualidade dos grãos da cultura de arroz irrigado e, o volume de água usado em função de diferentes períodos de supressão e drenagem após o florescimento pleno. O experimento foi realizado na safra 2017/18 em área sistematizada, na Estação Experimental do Arroz (EEA) do Instituto Rio Grandense do Arroz - IRGA, em Cachoeirinha - RS. O início da irrigação foi no estádio V3 – V4 (três a quatro folhas) de acordo com a escala proposta por Counce et al. (2000). Os tratamentos foram: T1 = Inundação contínua até o florescimento pleno, em seguida, supressão e drenagem, T2 = Inundação contínua até 7 dias após o florescimento pleno, em seguida, supressão e drenagem, T3 = Inundação contínua até 14 dias após o florescimento pleno, em seguida, supressão e drenagem, T4 = Inundação contínua até 21 dias após o florescimento pleno, em seguida, supressão e drenagem, T5 = Inundação contínua até 28 dias após o florescimento pleno, em seguida, supressão e drenagem, T6 = Inundação contínua até 35 dias após o florescimento pleno (ponto de colheita), em seguida, supressão e drenagem. A cultivar utilizada foi a IRGA 424 (ciclo médio entre emergência e maturação fisiológica, de 132 dias), na densidade de 100 kg ha-1 de sementes. Entretanto nesta safra as chuvas foram acima da média histórica para os meses de primavera de 2017 e nos meses de verão de 2018, em razão disto, as produtividades de grãos de arroz foram similares entre os tratamentos, por não ter havido déficit hídrico mesmo no tratamento onde a supressão da irrigação foi realizada no florescimento pleno. O mesmo ocorreu com o número de panículas por m2, esterilidade de espiguetas, rendimento de grãos inteiros e renda de polimento. Esperava-se que houvesse uma redução na porcentagem de grãos inteiros e aumento na porcentagem de grãos quebrados no tratamento (T1) onde foi realizada a supressão da irrigação precoce, mas em razão das precipitações pluviais que foram, praticamente, regulares após a supressão da irrigação, o enchimento dos grãos não foi afetado. Outra hipótese não foi confirmada, que, quanto mais precoce for realizada a supressão da irrigação da lavoura, menor seria o volume de água usado. Por não ter ocorrido a hipótese esperada, a eficiência de uso de água que é a razão entre kg de grãos de arroz por m3 de água usada, também foi similar entre os tratamentos.
Descritores: Oryza sativa L., cultivar IRGA 424, recursos hídricos.