Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Efeito da quercetina no modelo experimental de colite induzida por TNBS
Sandielly Rebeca Benitez da Fonseca, Renata Minuzzo Hartmann, Elizângela Gonçalves Schemitt, Henrique Sarubbi Fillmann, Norma Anair Possa Marroni

Última alteração: 06-09-2018

Resumo


A retocolite ulcerativa indeterminada (RCUI) é uma doença inflamatória crônica que atinge o reto e o cólon. O metabolismo oxidativo anormal gera o aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO) resultando em dano oxidativo. A quercetina é um flavonóide com propriedades antioxidantes, capaz de impedir as reações da lipoperoxidação, eliminar e/ou reduzir as ERO e radicais livres e regular as defesas antioxidantes. Sendo assim, a suplementação com a quercetina pode representar uma nova abordagem terapêutica na inibição tanto dos danos inflamatórios como os provocados pelo estresse oxidativo na RCUI. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito da quercetina no modelo experimental de colite induzida por TNBS. Foram utilizados 28 ratos machos Wistar (±350 g) divididos em 4 grupos: 1: Controle (CO); 2: Controle+Quercetina (CO+Q); 3: Colite (CL); 4: Colite+Quercetina (CL+Q). Para indução da colite foi realizado um enema com TNBS na dose de 30mg/kg diluído em 0,25 mL de etanol à 50%. A quercetina (50 mg/Kg/dia) foi diluída em carboximetilcelulose à 1% e administrada via intraperitoneal por sete dias após a indução da colite. Foi aferida a pressão anal esfincteriana, realizada a avaliação da lipoperoxidação (LPO) através da técnica das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), avaliada a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx), avaliado os níveis de glutationa (GSH) e a análise histológica pela coloração de hematoxilina e eosina (HE). A análise estatística utilizada ANOVA ONEWAY, seguido do teste Student-Newman-Keuls, onde o nível de significância adotado foi 5% (p<0,05) (média±erro padrão). Na pressão anal esfincteriana (cm/H2O) o grupo CL+Q mostrou um aumento significativo em relação ao grupo CL (CO: 59,83±0,97; CO+Q: 61,70±1,01; CL: 31,50±0,99; CL+Q: 43,75±1,75). A avaliação da LPO por TBARS (nmoles/mgprot) mostrou uma diminuição significativa no grupo CL+Q em relação ao grupo CL (CO: 0,61±0,11; CO+Q: 0,54±0,04; CL: 1,55±0,10; CL+Q: 0,76±0,07). A atividade da enzima SOD (USOD/mgprot) apresentou um aumento significativo no grupo CL+Q em relação ao grupo CL (CO: 16,65±2,20; CO+Q: 17,34±2,52; CL: 3,87±0,45; CL+Q: 13,99±1,64) e na atividade da enzima GPx (nmoles/min/mgprot) observamos um aumento significativo no grupo CL+Q em relação ao grupo CL (CO: 1,45±0,14; CO+Q: 1,42±0,07; CL: 0,95±0,06; CL+D: 1,40±0,06). Nos níveis de GSH (nmoles/mgprot) houve um aumento significativo no grupo CL+Q em relação ao grupo CL (CO: 31,24±1,86; CO+Q: 33,78±1,64; CL: 12,30±1,01; CL+Q: 26,45±3,41). Na análise histológica o grupo tratado com quercetina apresentou uma diminuição do edema, da inflamação e regeneração das criptas. Sugerimos que a quercetina tem um efeito protetor contra as ERO diminuindo a LPO, aumentando a atividade das enzimas antioxidantes SOD e GPx e os níveis de GSH, reduzindo a lesão tecidual, o edema, a inflamação e aumentando a pressão anal esfincteriana.


Palavras-chave


colite; quercetina; estresse oxidativo; antioxidante; anti-inflamatória.

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