Na atualidade, é comum o consumo de frutas, devido ao conhecimento popular e científico de seus benefícios à saúde e prevenção de diversas patologias. Um problema comum que participa na progressão de patologias é o estresse oxidativo. Os radicais livres, quando em excesso causam efeitos danosos no organismo, como a peroxidação dos lipídios de membrana e agressão a proteínas, enzimas, carboidratos e DNA, o que podem levar a algumas patologias como: doenças cardiovasculares, respiratórias, neoplasias e câncer. As frutas cítricas são uma alternativa para o combate e prevenção de radicais livres no organismo, por possuírem em sua composição uma variedade de classes como compostos fenólicos, flavonoides e tetraterpenoides (carotenoides) que tem a capacidade de realizar a captura de radicais livres, revelando sua capacidade antioxidante. A vitamina C (ácido ascórbico) devido a sua ação redutora também atua como antioxidante. Pois, na presença de oxigênio e de um catalisador, ele se oxida, transformando-se no ácido dehidroascórbico estabilizando o radical livre. Com isso, esse trabalho tem como objetivo verificar os teores de compostos fenólicos, flavonoides e ácido ascórbico (vitamina C) e analisar a capacidade antioxidante dos extratos preparados com as frutas cítricas (abacaxi, acerola, goiaba, laranja, limão, jabuticaba, morango e uva). Os doseamentos de compostos fenólicos (Folin-Ciocalteu), flavonoides totais pela metologia de Woisky e Salatino (1998), vitamina C (MAPA 2013) foram realizados em triplicata. Assim como a capacidade antioxidante que foi determinada pelo método in vitro com o radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila). Dentre todas as amostras a acerola mostrou maior teor de compostos fenólicos (155,36 ± 1,32 mg/g EAG/g), vitamina C (99,50 ± 2,44 mg/g) e consequentemente a melhor atividade antioxidante (IC₅₀= (95,98 ± 3,02 µg/mL). Para a jabuticaba não foram detectados os flavonoides, por outro lado foi a segunda amostra com maior atividade antioxidante (IC₅₀=187,29 ± 6,07 µg/mL) provavelmente devido ao teor de compostos fenólicos de (35,65 ± 3,32 mg/g EAG/g) pois os teores de vitamina C são baixos (1,95 ± 0,24 mg/g). Contudo, na laranja a presença de compostos fenólicos não foi detectada, apresentou um teor de vitamina C de 3,66 ± 0,29 mg/g mas não foi possível verificar sua atividade antioxidante. Esses dados mostram que aparentemente a atividade antioxidante está mais diretamente ligada ao teor de compostos fenólicos do que aos teores de vitamina C.