Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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APLICAÇÃO DA ENGENHARIA DE TECIDOS NO REPARO DE CARTILAGEM ARTICULAR EM CÃES
Gabriela Cabanas Tobin, Karine Gehlen Baja, Maria Inês Witz, Maiele Dornelles Silveira, Nance Beyer Nardi

Última alteração: 03-09-2018

Resumo


A terapia celular e principalmente a engenharia de tecidos tem sido intensamente exploradas nos ultimos anos para reparo de cartilagem articular. Este estudo tem como objetivo desenvolver uma combinação envolvendo célula-tronco mesenquimal derivada do tecido adiposo (CTTAs) e hidrogel para estudo clínico de reparo de cartilagem articular em cães. CTTAs foram coletadas de cães sadios, cultivadas e caracterizadas. As células foram combinadas à vários tipos de biomaterias e avaliadas in vitro. Foi definido para uso no projeto o gel de ácido hialurônico (Synvisc, Novartis, SP). Quatorze cães com displasia coxofemoral foram incluidos no estudo -  seis receberam CTTAs. quatro CTTAs associadas ao Synvisc e quatro controles placebo. Análises clínicas e radiológicas foram realizadas aos dias 30, 60 e 90. O projeto foi aprovado pelo CEUA da Ulbra (n 2016.82). CTTAs caninas foram isoladas e cultivadas, mostrando morfologia, proliferação e capacidade de diferenciação características deste tipo celular. As células combinadas ao synvisc se proliferaram e foram capazes de se diferenciar em tecido cartilaginoso. No estudo-clínico, cães tratados com terapia intra-articular de CTTAs e hidrogel synvisc apresentaram melhores resultados e em menor tempo (60 dias) com melhoras significativas em vários parâmetros ao fim do tratamento. A claudicação não mostrou diferença significativa ao longo do tempo nos animais controle, mas foi reduzida nos animais tratados com células (p < 0,05 no dia 90 em relação ao dia 0) e principalmente nos cães tratados com a combinação de CTTAs e gel de ácido hialurônico (p< nos dias 60 e 90  com relação ao dia 0). Padão semelhante foi avaliado com relação à dor à manipulação, com um efeito precoce (30 dias) e mais intenso  (p < 0,01) com pacientes tratados com células mais Synvisc. Neste mesmo grupo, cães zeraram a atrofia muscular dos membros posteriores ao dia 90. O grupo tratado só com células teve uma melhora mais evidente no dia 90 e o grupo placebo teve agravamento dos sinais clínicos. As avaliações mais positivas dos proprietários foram do grupo das CTTAs mais Synvisc, onde em menor tempo (alguns menos de um mês) notaram seus cães mais dispostos e realizando suas atividades normais com mais facilidade. Reconsultas após um ou dois anos com os cães mostraram a durabilidade do tratamento (tanto de CTTAs quanto de CTTAs mais synvisc), onde pode se observar a manutenção dos resultados obtidos desde o início do tratamento. O menor tempo para a observação da melhora nos pacientes do estudo clínico se deve as Synvisc que incrementa a ação das CTTAs, antecipando a melhora do paciente.


Palavras-chave


células-tronco; biomaterial; condrogênese; displasia; Synvisc

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