Última alteração: 03-09-2018
Resumo
A sobrevida do paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem aumentado de modo significativo em consequência das novas tecnologias, ciência e trabalho multidisciplinar. Estudos apontam que a imobilização prolongada no leito contribui em longo prazo a diminuição da mobilidade, função física e da qualidade de vida dos pacientes após a alta hospitalar. O objetivo foi avaliar e comparar a mobilidade de pacientes críticos na admissão e alta da UTI. Estudo observacional, longitudinal e prospectivo, com abordagem quantitativa. A mobilidade funcional foi avaliada através da Escala de Mobilidade da UTI (EMU), sendo esta uma escala observacional que tem pontuação de 0 a 10 em um único domínio, zero expressando baixa mobilidade e 10 representando alta mobilidade. A avaliação foi aplicada em duas ocasiões: nas 48 horas da internação e após a alta da UTI. Durante a internação, o paciente realizou protocolo de fisioterapia convencional 2 vezes ao dia. A população foi composta por 75 pacientes críticos com idade mediana de 63 (17 – 94) anos, predominância do sexo masculino (68%), submetidos à ventilação mecânica por um período superior a 48 horas, no Hospital Universitário GAMP Canoas durante o período de julho de 2017 a julho de 2018. A mediana da EMU da internação na UTI foi de 3 (0-10) pontos e, no momento da alta, foi de 7 (0-10) pontos (p<0,0001). Teste não paramétrico de Friedman. A amostra apresentou uma redução da capacidade de realizar simples tarefas funcionais na primeira avaliação, havendo recuperação no momento da alta da UTI.