Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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A adicção alimentar em profissionais da saúde e profissionais em geral
Felipe Gonçalves Ferronatto, Margareth Silva Oliveira

Última alteração: 31-08-2018

Resumo


Introdução

Embora cada profissão na área da saúde possua suas características próprias, vários fatores se associam no que tange as atividades profissionais. Diversas doenças mentais e físicas têm sido estudadas para melhor compreensão de cuidados para essa população, que muitas vezes é negligenciada. Apesar disso, ainda são poucos os estudos sobre transtornos alimentares em profissionais de saúde, como a obesidade, que encontra-se com a 5ª maior prevalência entre estas profissões. Dentre as causas que instigam na obesidade está a adicção alimentar, que é a ingestão compulsiva, insaciável e patológica de alimentos específicos. Para a avaliação da adicção alimentar foi desenvolvida a Yale Food Addiction Scale (YFAS), uma escala com base no DSM-IV, que avalia 8 diferentes fatores, entre eles psicológicos, fisiológicos, cognitivos e comportamentais.

Objetivos

Levando em conta o risco dos profissionais da saúde com o transtorno alimentar mais frequente da atualidade, o estudo tem como objetivo a comparação de dois grupos entre índices de obesidade e adicção alimentar em profissionais da saúde (PS) e indivíduos de outras profissões (OP).

Metodologia ou Material e Métodos

Foram avaliados 428 casos, sendo 56,3% PS e 43,7% OP, através de uma Ficha de Dados Pessoais e do YFAS. Os critérios de inclusão dos participantes da pesquisa foram possuir mais de 18 anos e Ensino Médio Completo. Os voluntários assinaram um Termo de Compromisso Livre e Esclarecimento. Para a caracterização amostral foi utilizada estatística descritiva (média, desvio padrão e frequência) e os dados foram agrupados e analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 24.

Resultados e Conclusões finais ou parciais.

Em relação à frequência de obesidade no grupo PS, 33 (13,7%) se encontravam com obesidade, com IMC médio de 24,46 (DP=4,39). O grupo OP demonstrou média de IMC de 26,50 (DP=5,63), com 40 (21,4%) dos sujeitos demonstrando obesidade. Em relação a adicção alimentar, 76 (31,5%) dos sujeitos dos PS apresentava o transtorno, já no grupo OP 60 (32,1%) indivíduos da amostra denotaram os sintomas de adicção alimentar. Em relação aos fatores, o grupo PS apresentou maior frequência em 4 dos 8 fatores, entre eles sintomas de abstinência e causa de comprometimento clínico significativo, nos demais 4 fatores o grupo OP apresentou maiores frequência, como no fator de tolerância. O presente estudo não denota uma maior propensão de o grupo PS ter adicção alimentar, apesar disso, alguns sintomas de adicção são mais prevalentes em relação ao OP. Ainda que contenha uma amostra reduzida, os dados contribuem para o desenvolvimento de possíveis intervenções profiláticas e de tratamento levando em consideração sintomas específicos.

 

 



Palavras-chave


Dependência de Alimentos; Transtorno Alimentar; Comportamento Alimentar

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