A produção de queijo colonial é uma atividade rural tradicional em municípios do Rio Grande do Sul. No entanto, o estado, não possui uma legislação específica para este tipo de produto. Os queijos coloniais, devido a sua forma de produção e conservação, podem apresentar contaminação por micro-organismos patogênicos. Pesquisas sobre a qualidade microbiológica em queijos relatam a presença de micro-organismos patogênicose/ou a ocorrência de números que excedem os limites estabelecidos pela legislação dos indicadores e deteriorantes para queijos, dentre estes o Staphylococcus coagulase positiva. Este micro-organismo podese manter viável por um determinado período em alimentos, além da produção das enterotoxinas termorresistentes, causadoras de intoxicação alimentar.O objetivo desta pesquisa éa quantificação de Staphylococcus coagulase positiva em amostras de queijos coloniais das diferentes regiõesauxiliando na confecção da legislação para fabricação do queijo colonial no estado do Rio Grande do Sul. Na quantificação de Staphylococcus coagulase positiva a média das amostras com contagem foi 4,6x10⁵ (ufc/g) variando entre 1x10³ á 4,7x10^7.. 74,8% das amostras não apresentaram contagem.  As amostras são coletadas pela equipe técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-RS) e posteriormente transportadas até o Laboratório de Microbiologia da ULBRA. Para a realização dos testes são pesados 25 gramas da amostra e realizada diluição seriada decimal qté 10-6. De cada diluição são transferidaos 0,1 ml das diluições em placas contendo Agar Baird Parker utilizando a técnica do espalhamento em superfície e incubadas a 35ºC por 48 horas.Mesmo com ausência da legislação para os padrões microbiológicos do queijo colonial, de acordo com os resultados obtidos, amostras apresentaram presença de micro-organismos, indicando qualidade higiênico-sanitária precária, podendo constituir um risco para a saúde do consumidor.