No Rio Grande do Sul o queijo colonial é um dos produtos artesanais mais apreciados pelos consumidores, pois, sua produção, traz as características passadas de diversas gerações. No entanto, a contaminação microbiana desses produtos assume destacada relevância pelas possíveis perdas econômicas e para a saúde pública. Pesquisas sobre a sua qualidade microbiológica verificam a presença de micro-organismos entre estes a Listeria monocytogenes e Salmonella spp.. Portanto, o presente trabalho tem como o objetivo o isolamento da Listeria monocytogenes e Salmonella ssp. em amostras de queijos coloniais coletadas nas mesorregiões do estado. As amostras foram coletadas pela equipe técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-RS) e transportadas até o Laboratório de Microbiologia Veterinária da ULBRA. Para a pesquisa de Salmonella são pesados 25 gramas da amostra e transferidos para frascos com meio de pré-enriqueciemento (água peptonada tamponada 1%) e incubada à 35ºC (±2) por 24 horas. Após o período, o pré-enriquecimento é inoculado em caldo selenito-cistina e caldo rappaport-vassiliadis (enriquecimentos) e mantido em 42ºC por 24 horas. Os meios para enriquecimento são, posteriormente, inoculados em placas contendo ágar de desoxicolato-lisina-xilose (XLD). As colônias suspeitas são submetidas  a testes bioquímicos. Na pesquisa de Listeria monocytogenes são pesados 25g da amostra e adicionado em  225ml de caldo enriquecimento para Listeria Tamponado (LEB) e incubado à 30°C por 48 horas. Após a incubação são aliquotados 0,1ml do cultivo em frascos contendo Caldo Fraser e mantido à 30°C por 48 horas para, posteriormente, inoculação em meio de cultura seletivo agar Oxford e agar Palcam. As placas são incubadas à 35°C durante 48 horas. Nas colônias típicas é realizada a coloração de Gram, testes bioquímicos do metabolismo dos carboidratos e CAMP-test para a confirmação da Listeria monocytogenes. Até o presente momento foram analisadas 172 amostras de queijo. Não houve isolamento da Salmonella sp. Das amostras analisadas de Listeria sp. em 2,9 % foi isolado Listeria sp., 1,74% Listeria Welshimeri 4,06% Listeria innocua e 1,74% Listeria monocytogenes, totalizando 10,46% de Listeria spp.  isoladas em  172 amostras analisadas. As técnicas de distinção entre a Listeria monocytogenes e demais espécies, principalmente Listeria innocua, em alimentos são pouco eficientes. Portanto, a presença de Listeria innocua em amostras de queijos pode indicar a presença da Listeria monocytogenes. Assim, é imprescindível a realização de testes microbiológicos em alimentos em especial o queijo colonial, para a avaliação específica da presença destes micro-organismos, já que as bactérias abordadas são de grande importância para a saúde pública.