Última alteração: 17-09-2017
Resumo
Introdução: A qualidade de vida relacionada à saúde oral transcende a ausência de doença e envolve diversos fatores, pois uma boa condição de saúde bucal pode influenciar o modo como vivem, se relacionam e agem no cotidiano. A perda dentária independente do motivo, é um trauma físico com possíveis repercussões emocionais. As dificuldades decorrentes destas perdas dentárias podem estar associadas à ansiedade e depressão nesses indivíduos. A substituição dessa perda por meios de próteses dentais e sua influência na qualidade de vida relacionada à odontologia, bem como com a percepção do paciente frente a essa prótese e sua saúde oral são objetos deste estudo. Objetivo: Investigar a perda dental, o uso de prótese, ansiedade, depressão e a qualidade de vida relacionada à saúde oral dos pacientes atendidos no curso de odontologia da ULBRA, no período de fevereiro/ 2017 a julho/2017. Metodologia: Este é um estudo descritivo transversal, aprovado pelo CEP, sob parecer nº 1.836.613. Este trabalho apresenta dados parciais de um projeto de pesquisa mais amplo, chamado SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA. A coleta dos dados ocorreu por meio de questionários autoaplicáveis e de instrumentos preenchidos pelos pesquisadores. Foram utilizados ficha de avaliação do índice CPOD (dentes perdidos), questionário OHIP-14, questionário de caracterização de condições sócio-econômico-demográficas e sobre autopercepção de saúde e uso de prótese; além das escalas Beck de ansiedade (BAI) e de depressão (BDI). Os dados coletados foram submetidos à análise estatística descritiva, através do SPSS (17.0). Foram analisados os dados de 21 participantes. Resultados: A perda dental ocorreu em (20) 95% dos participantes. Dos pacientes com perda dental, (14) 67% não apresentavam reabilitação para sua perda e (13) 63% estavam pouco satisfeitos ou insatisfeitos com sua saúde oral. A qualidade de vida, segundo o Ohip-14 variou de 2 a 38 numa escala de 70 pontos, com uma média de 16,37; sendo que quanto menor o valor pontuado, maior a qualidade de vida dos participantes. Na escala BAI de ansiedade, 17 (%) participantes apresentaram nível mínimo, 3 (%) participantes apresentaram nível leve e um (5%) participante apresentou nível moderado. Na escala BDI, de depressão, 15 (%) apresentaram nível mínimo e 5 (%) nível leve e 1 (5%). Considerações parciais: Dados mais conclusivos serão obtidos a partir de maior número amostral, assim como correlações ou considerações conclusivas.