Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DA AÇÃO GENOTÓXICA DE NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE NÍQUEL, IN VITRO
KAROL FERREIRA HONATEL, DEBORA DOS SANTOS CHAVES, RAÍNE FOGLIATI DE CARLI, WLADIMIR HERNANDEZ FLORES, RAFAEL RODRIGUES DIHL

Última alteração: 04-09-2017

Resumo


A nanotecnologia tem como princípio básico à síntese, modificação e manipulação de nanopartículas. Do ponto de vista toxicológico, esses nanomateriais são interessantes devido a sua grande área superficial em relação à massa, pois tendem a ser mais reativos quando comparados aos mesmos componentes em macro escala. Além disso, podem ter o potencial de danificar o DNA. O níquel é um metal de transição e é o quinto elemento mais abundante no mundo, logo, as nanopartículas (NPs) de óxido de níquel (NiO) possuem uma vasta aplicabilidade no setor industrial como matéria para a produção de baterias, tintas, sensores magnéticos e combustíveis. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito genotóxico de NPs de NiO através do teste Cometa, buscando o entendimento de como estes nanomateriais podem interagir em diferentes níveis celulares, uma vez que esses estudos tornam-se fundamentais para a proteção da integridade do ser humano e do meio ambiente. No teste Cometa, foram utilizadas células V79, cultivadas em frascos em meio DMEM (Gibco), com 10% de soro fetal bovino (Gibco) e 1% de penicilina/estreptomicina (Gibco) em uma incubadora com 5% de CO2 a 37ºC. No experimento, as células foram transferidas para placas de cultivo celular, onde foram adicionadas em cada poço, aproximadamente 100.000 células. Após 24 horas foram adicionadas as seguintes concentrações de NPs de NiO: 15;31;62;125;250 e 500μg/ml, juntamente com o controle positivo EMS (Etilmetanosulfonato – 0,5mM) e o controle negativo, H2O destilada, durante um período de 4 horas. Após, as células foram tripsinizadas, neutralizadas e homogeneizadas com gel de agarose de baixo ponto de fusão e distribuídas sobre lâminas de vidro previamente cobertas com agarose de ponto de fusão normal. As lâminas foram mergulhadas em solução de lise e submetidas à eletroforese em condições alcalinas, coradas com brometo de etídio e submetidas à leitura em aumento de 200X em microscopia de fluorescência, onde os núcleos das células portadores de quebras de DNA puderam ser visualizados sob a forma de um cometa. Foram avaliados, para cada tratamento, a extensão dos danos no DNA, classificando-se os cometas por meio de um Software (Comet Assay IV), onde o parâmetro utilizado para a avaliação de danos foi a percentagem de DNA na cauda. Nos dados, utilizou-se a análise da variância (ANOVA) com teste post hoc de Dunnett para uma significância estatística de P<0,05. Após a exposição de células V79 às diferentes concentrações de NPs de NiO, foi possível observar um aumento significativo na frequência de danos no DNA das células expostas às concentrações de 62, 125, 250 e 500 µg/mL quando comparado ao controle negativo. Os resultados demonstram que as NPs de NiO induzem aumentos significativos de  danos no DNA das células V79 expostas à concentrações superiores a 62 µg/mL no ensaio Cometa. Estes dados, somados aos da literatura, contribuem para a caracterização do perfil genotóxico de nanomateriais.


Palavras-chave


Nanopartículas, Cometa, Genotoxicidade, Nanomateriais.

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