Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ESTUDO DO POLIMORFISMO VAL66MET DO GENE BDNF E SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA EM PACIENTES COM FIBROMIALGIA E CONTROLES SAUDÁVEIS
Dayane Cardoso, Camila Alves, Joana Silvestri, Wolnei Caumo, Daniel Simon

Última alteração: 12-09-2017

Resumo


A fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada principalmente pela dor crônica musculoesquelética generalizada. A prevalência global da FM é estimada em 2,7%, sendo mais frequente entre as mulheres entre 30 e 50 anos. A comorbidade depressiva está presente em cerca de 30 a 80% dos pacientes com FM. Fatores genéticos podem estar associados com a maneira como a dor é processada e transmitida. O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) é um mediador peptídico pleiotrópico envolvido na neuroplasticidade. O polimorfismo de nucleotídeo único Val66Met do gene do BDNF tem sido associado com transtornos neuropsiquiátricos e com níveis circulantes de BDNF. O presente estudo objetiva avaliar as frequências alélicas e genotípicas do polimorfismo Val66Met (rs6265) em pacientes com FM e controles saudáveis e analisar se o polimorfismo está associado com a sintomatologia depressiva nos pacientes com FM. A amostra será composta de 150 pacientes com FM e 150 controles saudáveis. O DNA está sendo extraído a partir de sangue total no laboratório de Genética Molecular Humana da ULBRA utilizando técnica de salting-out. A identificação dos genótipos do polimorfismo está acontecendo através da reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real utilizando ensaios validados TaqMan. Pacientes e controles são avaliados para a depressão através do Beck Depression Inventory (BDI – II), validado em português, composto de 21 itens. A pontuação do instrumento varia de 0 a 63, sendo que um escore <10 indica ausência de sintomas depressivos. Até o momento, foram identificados os genótipos de 49 pacientes e 46 controles com idade média de 49,3 ± 8,4 e 48,4 ± 8,2 anos, respectivamente. Nos pacientes, as frequências dos alelos G e A foram 87% e 13% e nos controles, 83% e 17%. O genótipo GG foi mais frequente em pacientes com sintomatologia depressiva, mas diferenças significativas não foram observadas. Estes resultados preliminares não mostram diferenças estatisticamente significativas nas frequências alélicas e genotípicas do polimorfismo no grupo de pacientes e controles, bem como os genótipos não foram associados à depressão nos pacientes. A continuidade do estudo prevê a genotipagem de toda a amostra e posterior análise de associação do polimorfismo Val66Met com os sintomas depressivos


Palavras-chave


fibromialgia, depressão, polimorfismo, BDNF.

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