Última alteração: 17-09-2017
Resumo
A infecção por Papillomavírus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais prevalente no mundo. A doença induzida por este vírus é dependente de vários outros fatores que afetam o hospedeiro. O principal fator é a imunossupressão, principalmente associada à infecção por HIV. A replicação viral pode ser maior em indivíduos imunocomprometidos, contribuindo para maiores taxas de detecção e persistência viral. Portanto, o presente estudo teve como objetivo identificar DNA de HPV em amostras cervicais de mulheres com HIV e determinar o genótipo de HPV de alto risco na região do leste maranhense. Foram utilizadas 125 amostras cervicais de mulheres com HIV que foram acompanhadas pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE) na cidade de Caxias, Maranhão. O DNA das amostras de células endocervicais foi extraído com o kit comercial High Pure Viral Nucleic Acid kit (Roche, EUA). O DNA extraído foi amplificado por PCR com os primers consenso (GP5+bio/GP6+) de uma região conservada em todos os subtipos de HPV, que geraram um fragmento de 150 pares de base da região L1 do genoma viral. Os amplicons obtidos foram visualizados em gel de agarose 2%, corado com brometo de etídio. A detecção dos genótipos de alto risco foi por hibridização em placa de ELISA com sondas específicas para cada genótipo, sendo eles 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59. A prevalência de DNA de HPV em pacientes infectadas por HIV foi de 44,8%. Os genótipos mais frequentes foram HPV 18 (96,4%), seguido do HPV 16 (89,3%). O HPV menos frequente encontrado foi o HPV 52 (1,8%). Apenas o genótipo HPV18 foi detectado sozinho (3,5%). Os demais genótipos foram detectados como múltiplas infecções (96,5%). Neste estudo foi possível verificar a elevada prevalência de DNA de HPV em mulheres com HIV positivo e também de infecções com mais de dois tipos de HPV estudado.