Última alteração: 17-09-2017
Resumo
O paciente crítico internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), apresenta comprometimentos importantes como a fraqueza muscular, devido a vários fatores, sendo um deles a imobilidade no período de internação. Essa fraqueza adquirida na UTI pode afetar diretamente na funcionalidade e qualidade de vida desse individuo, podendo persistir por longos anos após a alta hospitalar. O objetivo deste estudo foi avaliar a funcionalidade após o período de internação na UTI e comparar com o momento da alta hospitalar. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado com pacientes críticos internados na UTI do Hospital Universitário de Canoas, no período entre março e julho de 2017. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, acima de 18 anos, internados na UTI adulto por mais de 24 horas. Foi utilizada a Escala de Estado Funcional em UTI (FSS-ICU) como ferramenta na avaliação da função física. Esta escala envolve cinco tarefas funcionais onde cada tarefa é avaliada com uso de uma escala ordinal de 8 pontos que varia de zero (totalmente incapaz de realizar) até 7 (independência completa). Foram realizadas duas avaliações, nos seguintes momentos: até 48 horas após a alta da UTI e no dia da alta hospitalar. Na primeira avaliação foram coletados dados pessoais como nome, idade, sexo, data de internação no hospital e na UTI e diagnóstico médico através do prontuário. No período de estudo foram incluídos 32 pacientes, com idade média de 60,5 anos, tempo médio de internação na UTI de 5,2 dias e média de 17,7 dias de internação hospitalar. Os resultados iniciais foram analisados através do teste estatístico Wilcoxon (nível de significância p<0,05), sendo obtidos os seguintes valores: na primeira avaliação a pontuação média foi de 21,1 e na segunda avaliação 26,4 (p=0,049). Conforme os resultados preliminares apresentados, a funcionalidade do paciente de acordo com a FSS-ICU mostrou-se melhor no momento de alta do Hospital Universitário em relação à alta da UTI. Assim, percebemos a necessidade de protocolos de mobilização precoce voltados para o período de internação na UTI.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO PACIENTE CRÍTICO APÓS ALTA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CANOAS