Última alteração: 17-09-2017
Resumo
Resumo: Pacientes que se encontram criticamente doentes e necessitam de hospitalização são mais suscetíveis a apresentarem diminuição na função física associada à imobilidade causada pela internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), principalmente quando em longo prazo. As deficiências adquiridas durante o período de internação resultam em significativa perda da qualidade de vida e mobilidade funcional desses pacientes, segundo estudo de Jolley et al.(2014). O objetivo do trabalho foi avaliar o grau de mobilidade desses indivíduos após o período de internação na UTI e comparar com os resultados após período na unidade de internação. Foi um estudo de coorte prospectivo no qual participaram pacientes internados na UTI do Hospital Universitário de Canoas, no período de março a julho de 2017. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que estiveram internados na UTI por mais de 24 horas. Para avaliar e graduar a mobilidade funcional desses pacientes foi utilizado a Escala de Mobilidade da UTI (EMU) com pontuação de 1-10. Foram realizadas 2 avaliações, sendo a primeira até 48 horas após a alta da UTI e a segunda no dia da alta hospitalar. Na primeira avaliação foram coletados os dados pessoais como nome, idade, sexo, data e motivo da internação através do prontuário eletrônico. Foram incluídos no estudo 32 pacientes, com idade mediana de 60,5 (21-94) anos, 5,2 (1-18) dias de internação na UTI e 17,7 (2-58) dias de internação no hospital. Os resultados preliminares foram analisados através do teste de Wilcoxon, com nível de significância p<0,05. Na primeira avaliação a pontuação mediana foi de 6,0 (0-10) e, na segunda, 7,8 (0-10) pontos (p=0,030). A partir desses resultados preliminares mostra-se que a transferência do paciente da UTI para a unidade de internação no Hospital Universitário de Canoas resultou em uma melhora da mobilidade nos indivíduos em questão. Sendo assim, sugere-se a necessidade de protocolos de mobilização e alta precoce da UTI no intuito de minimizar os danos funcionais
Descritores: unidade de terapia intensiva, mobilidade, internação, avaliação.
JOLLEY, S. et al. Medical intensive care unit clinician attitudes and perceived barriers towards early mobilization of critically ill patients: a cross-sectional survey study.BMC Anesthesiology, v. 14, p.84-85, 2014.
BASSETT, R. et al. Rethinking Critical Care: Decreasing Sedation, Increasing Delirium Monitoring, and Increasing Patient Mobility. Joint Commission journal on quality and patient safety, v. 41, p. 62-74, 2015.
CABRAL, C. et al. Avaliação da mortalidade e qualidade de vida dois anos após a alta do CTI: dados preliminares de uma coorte prospectiva. Revista Brasileira Terapia Intensiva, v. 21, n. 1, p. 18-24, 2009.