Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS DE AGENTES PATOGÊNICOS E DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E BACTERIOSTÁTICA DE TANINOS
Fernanda Fabero Guedes, Bibiana Madeira Melo, Gabriela Silva, Felipe Guterres D’Ávila, Jefferson da Silva Cabral, Joel Ricardo de Souza Cardoso, Carlos Rodolfo Wolf

Última alteração: 22-11-2017

Resumo


A atividade antimicrobiana de novos compostos de extratos vegetais é avaliada através da determinação de uma pequena quantidade da substância necessária para inibir o crescimento dos micro-organismos em teste. O estudo de novos agentes antimicrobianos é importante devido ao crescente surgimento de infecções fatais causadas por micro-organismos cada vez mais resistentes. Entre os compostos de extratos vegetais com ação antimicrobiana pode-se citar os taninos, que são polifenóis solúveis em água encontrados em uma grande variedade de frutos, cascas, sementes, folhas, entre outros. Os taninos podem ser classificados quimicamente como hidrolisáveis e condensados, sendo importantes compostos oligoméricos com estrutura química variada. Suas propriedades bactericidas e fungicidas resultam da capacidade de interação com macromoléculas, como proteínas e polissacarídeos, e de complexação de íons metálicos, além das atividades antioxidantes e sequestradora de radicais livres. O teor de taninos pode variar de acordo com o tipo de vegetal, com a parte da planta e sua maturidade. A acácia negra, árvore típica do estado do Rio Grande de Sul, é considerada uma das melhores árvores para a extração de taninos em termos de concentração e rendimento, resultando em um extrato com 70% de taninos condensados a partir da casca da mesma. Este trabalho tem como proposta analisar as características bioquímicas de agentes patogênicos e avaliar as propriedades antimicrobianas do extrato de tanino da casca da acácia negra, frente aos micro-organismos Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. O estudo foi realizado a partir do extrato produzido pela empresa TANAC, utilizando o teste de difusão em discos, descrito pelo National Committe for Clinical Laboratory Standards (NCCLS), e pelo teste de diluição em tubos (para Staphylococcus aureus ) descrito pelo Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária de 1991/1992). Como resultados parciais do teste de difusão em discos, acredita-se que a presença de proteína no meio de cultura ágar Muller Hinton pode ter acarretado na complexação do tanino, impossibilitando a verificação do seu poder inibitório da atividade microbiana. Já, no teste de diluição em tubos, foi possível qualificar a ação bacteriostática do extrato tânico, visualizando a inibição e estabilização do crescimento da bactéria Staphylococcus aureus.

 


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