Última alteração: 30-08-2017
Resumo
Almansa FG*, Alves GG, Vieira AG, Gedrat DC, Morgan-Martins MI.
Introdução
O conhecimento sobre a percepção de felicidade e sua relação com a saúde é um importante preditor de qualidade de vida, auxiliando na elaboração de políticas públicas promotoras da saúde.
Objetivos
Conhecer a percepção de moradores da região metropolitana de Porto Alegre/RS sobre felicidade e saúde.
Metodologia
Este é um estudo descritivo, de série de casos, com abordagem híbrida. A amostra foi composta por 212 pessoas, moradoras da região metropolitana de Porto Alegre/RS. O instrumento de coleta de dados teve questões fechadas, referentes à caracterização dos entrevistados, e questões abertas referentes à percepção de felicidade e saúde. Os dados quantitativos foram analisados a partir de sua inclusão em Planilha Excel, sendo realizada análise descritiva e apresentada a frequência em cada variável. Os dados qualitativos foram digitados em arquivo do Programa Word e analisados a partir da técnica de Análise de Conteúdo Temática.
Resultados e Conclusões Parciais
Participaram 212 sujeitos, sendo 73,1% do sexo feminino; idades entre 20 e 87 anos; 85,4% autodeclararam-se brancos; 21,7% tinham ensino fundamental incompleto, 20,7% superior completo e 4,2% pós-graduação. Sobre o que estão fazendo para ser feliz, 24,1% responderam que estão buscando bons relacionamentos, 17% trabalhando 12,3% estudando ou procurando emprego e 4,7% mantendo hábitos saudáveis. Quanto às barreiras para serem felizes, 22,6% referiram que nada pode impedir sua felicidade, já que ela é construída pela própria pessoa; 22,3% relacionamentos ruins; 18,9% doenças; 16,5% falta de dinheiro, tempo, organização, iniciativa ou de fé; 14,2% tristeza, distância ou morte na família, stress. Ainda, quando questionados se há relação entre a felicidade e a saúde, 95,7% responderam que sim. O estudo sobre felicidade vem ganhando espaço em função desta ser um importante determinante da saúde. Os resultados deste estudo, apesar de serem preliminares, mostram que a grande maioria das pessoas, ao se referirem à felicidade, referem questões que dependem de seu desejo viabilizá-las ou não, como estudar, trabalhar ou buscar relacionamentos saudáveis. Ao apontarem as dificuldades para alcançar a felicidade, somente 22,6% referiram que ela deve ser construída e não buscada em algo externo. Por fim, a maioria dos entrevistados relacionou felicidade e saúde como uma imprescindível à existência da outra. É certo que há relação próxima entre as duas, pois estudos comprovam que pessoas felizes têm seu sistema imunológico mais fortalecido. Além disso, este sentimento auxilia na prevenção do envelhecimento precoce e de doenças emocionais, melhora as relações pessoais e profissionais e a qualidade de vida.