Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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EFEITO DA TEMPERATURA AMBIENTE NA TEMPERATURA CORPORAL DE CORREDORES SUBMETIDOS À TESTE SUBMÁXIMO
Germano Ramos dos Reis, Eduardo Schutz, Osvaldo Donizete Siqueira, Luiz Barcellos Crescente, Daniel Carlos Garlipp

Última alteração: 14-09-2017

Resumo


Introdução: Durante o exercício físico ocorre um desafio termorregulador para manter a temperatura interna. A maior parte da energia transformada pelo metabolismo energético, que aumenta de 3 a 12 vezes durante o exercício em relação ao descanso, é liberada como calor. Esta relação poderia aumentar a temperatura corporal em 1°C a cada 5 minutos se os mecanismos de termorregulação não fossem ativados. O exercício físico a altas temperaturas pode afetar a ação das enzimas glicolíticas e aumentar a osmolaridade sanguínea, favorecendo uma diminuição no desempenho, que em uma competição pode resultar em uma diminuição da velocidade média e um aumento no tempo de prova. Objetivo: Verificar as alterações da temperatura corporal em corredores do sexo masculino submetidos à teste submáximo em diferentes temperaturas. Metodologia: Dezesseis corredores saudáveis (idade 45,1±8,4 anos, altura 178,0±7,5 cm, peso 77,7±8,4 kg) se ofereceram para participar do estudo. Todos os participantes estavam livres de doenças conhecidas e com programas de treinamento de 3 a 5 sessões por semana para eventos de 10, 21 e 42 km. Para a determinação do limiar anaeróbio foi utilizado o protocolo proposto por Sirtori. Constituiu-se de uma corrida de 40 minutos em temperatura média ambiente de 17,63±0,36 °C e Umidade Relativa do Ar (URA) de 54,88±6,62% e 7 dias após, o mesmo tempo (40 min), porém a uma temperatura média ambiente para 31,63±0,55°C e URA 54,88±6,62%. A partir da determinação do VLan (km/h), foram estabelecidos quatro estágios distintos, de 10 minutos cada, sendo estes correspondentes a 80%, 90%, 100% e 110% do VLan (km/h) para cada participante. Para medição da temperatura corporal foi utilizado um termômetro digital de testa sem contato com sensor infravermelho marca GTECH FR1DZ1. O teste t pareado foi utilizado para verificar alterações entre as medidas realizadas em baixa e alta temperatura. O nível de significância adotado foi de 5%, e o programa estatístico utilizado foi o SPSS 20.0. Resultados e Conclusões: Quando comparadas as temperaturas corporais entre os testes realizados no frio e no calor, diferenças significativas foram identificadas entre os estágios. Quando verificadas as variações intra-grupos, identificou-se mudanças significativas entre todos os estágios no teste realizado no frio, com exceção dos estágios 1 e 2 (p=0,062). No teste realizado no calor, foram identificadas diferenças significativas entre todos os estágios. Conclui-se, portanto, que existem mudanças significativas quanto as respostas fisiológicas, em termos de temperatura corporal, quando comparados testes, e consequentemente, atividades físicas realizadas em ambientes quentes e frios.


Palavras-chave


Temperatura Corporal; Treinamento Aeróbio; Temperatura Ambiente.

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