Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ACURANDO FERRAMENTAS PARA ANÁLISE DA QUALIDADE DA PAISAGEM DO PEDESTRE
Bruna Silveira Oliveira, Everton Marmitt Caetano, Luiza Grellert Ferreira, Ana Luiza Oliveira Marchese, Tamara Oliveira Santos, Crislaine Carneiro Trajano, Bianca Breyer Cardoso

Última alteração: 14-09-2017

Resumo


Este trabalho integra o projeto de pesquisa “Inserção Urbana de Estabelecimentos de Saúde no Litoral Norte do RS”, que analisa relações entre estes equipamentos e seu entorno, ao nível da estrutura urbana e também do pedestre. Iniciado em 2015, o projeto objetiva acurar as ferramentas de análise e estabelecer um método modelo, aplicável a outros contextos. Este modelo, ainda em construção, vem sendo estruturado em etapas, especialmente na avaliação da qualidade da paisagem do pedestre. A cada etapa, são incorporadas novas ferramentas de análise e avaliada sua qualidade instrumental. Aqui, adota-se o método de análise comparativa para avaliar os prós e contras das sucessivas ferramentas e os desdobramentos futuros na consolidação do modelo. Não são apresentados resultados da pesquisa em si, mas sim a avaliação das ferramentas. Na primeira etapa, foi elaborada uma ficha cadastral baseada em referenciais da arquitetura hospitalar e do urbanismo, incluindo os princípios de vitalidade urbana de Jane Jacobs. Na segunda etapa, para analisar as práticas cotidianas dos usuários no entorno dos hospitais, adotou-se a Observação Participante, que propõe a imersão do pesquisador em campo e permite compreender a atuação dos indivíduos por comunicação direta, observação in loco e registros fotográficos. Esta ferramenta qualitativa, ancorada na percepção do pesquisador, considerou como categorias: aspectos socioculturais; deslocamentos; percursos; interfaces e lugares. Ao final desta etapa, observou-se que as categorias se mantinham válidas, porém a ferramenta era totalmente baseada na percepção, carecendo de dados quantitativos. Em 2016, adotou-se os 12 critérios de qualidade da paisagem do pedestre de Jan Gehl, numa escala de bom, mediano e ruim, para analisar se o entorno dos hospitais oferecia proteção, conforto e bem-estar aos usuários. Apesar do amplo espectro de categorias, se mostrou ainda dependente da percepção do pesquisador e ofereceu poucos parâmetros quantitativos. Assim, em 2017, adotou-se uma nova ferramenta: o Índice de Caminhabilidade, organizado pelo ITDP, com 21 indicadores em seis categorias: segurança viária e pública, mobilidade, calçada, ambiente e atração. Ao pesquisador coube apenas a coleta de dados e pontuação de 0 a 3, conforme critérios do índice. A ferramenta pormenoriza os itens, porém elimina a percepção do pesquisador pela análise excessivamente quantitativa, além de ser muito focada na realidade da metrópole, dificultando a aplicação em cidades menores. Conclui-se que cada ferramenta oferece contribuições, porém nenhuma abrange as dimensões quantitativa e qualitativa. Por este motivo, entende-se que o método modelo, a ser finalizado até o final do ano, deve incorporar as duas dimensões, valorizando a percepção do pesquisador. Conclui-se ainda que é necessário sintetizar as categorias de análise em três grandes eixos: Segurança, Mobilidade e Ambiente, incorporando subitens de cada ferramenta, porém simplificando sua aplicação.


Palavras-chave


Hospitais. Inserção urbana. Paisagem do Pedestre. Arquitetura e Urbanismo.

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