Última alteração: 14-09-2017
Resumo
A atividade pesqueira no Brasil, somou cerca de 1,4 milhão de toneladas em 2011 e existem previsões de aumento desta produção para 20 ton até 2030, tendo uma série de fatores críticos que devem ser solucionados, como os rejeitos das suas atividades, dentre eles cascas de camarão e escamas de peixe. O aumento de volume da produção do pescado tras consigo uma quantidade ainda maior de resíduos. Calcula-se que o pescado produz uma média de 50% do seu volume em resíduo. O objetivo do trabalho é usar as ferramentas da Engenharia de Produção para solucionar o problema dos resíduos que, quando mal descartados, prejudicam fortemente o solo e recursos hídricos. A proposta é transformar esses rejeitos em Quitina, um biopolímero com grande potencial biotecnológico, por ser biocompatível, biodegradável e altamente reativo. A matéria prima utilizada no processo de produção foram escamas de peixe e cascas de camarão provenientes do mercado público de Porto Alegre. As carapaças foram moídas porém as escamas não, ambas passaram por uma pré-lavagem com NaClO 15%. Os experimentos foram feitos em escala laboratorial, utilizando 50g devidamente armazenadas em recipiente fechado. Na etapa de desmineralização utilizou-se uma solução de 3% de HCl para o camarão e 15% para escamas em tempos operacionais atestados em literatura. A seguir foram lavadas em água deíonizadas até Ph nêutro. A etapa de desproteínização foi realizada com uma solução de NaOH 4%, durante 2h para o camarão em um biorreator com rotação de 1000 rpm. Na mesma etapa para escamas foi feito solução de NaOH 5%, durante 2h. O reagente foi retirado da mesma forma que no processo anterior. Assim obtemos quitina de cascas de camarão e escamas de peixe. As análises foram caracterizadas por FTIR