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CONSCIENTIZAÇÃO EM SAÚDE VOCAL EM UMA TURMA DO TERCEIRO ANO DE UMA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE MONTENEGRO/RS
Milena Borchardt Da Silva, Marion Cristine De Barba

Última alteração: 07-11-2024

Resumo


Estudos afirmam que as alterações de voz na infância podem afetar os desempenhos escolar, social e emocional da criança. Os distúrbios vocais em crianças são relativamente comuns, afetando de 6% a 38% da população infantil sendo que destas, 92% podem ter sido originadas do comportamento vocal inadequado, onde 53% apresentaram nódulo e 21% cisto. Ressalta-se que a formação do padrão vocal infantil está intimamente ligada aos modelos vocais presentes no ambiente em que as crianças vivem, sendo assim, pais e outros membros da família desempenham um papel fundamental nas condições vocais das crianças, podendo influenciar os quadros de disfonia infantil. O objetivo da pesquisa foi promover a conscientização e a educação sobre a saúde vocal entre os alunos do terceiro ano de uma Escola de Ensino Fundamental da Rede Estadual de Ensino de Montenegro/RS, visando prevenir distúrbios vocais e incentivar práticas vocais saudáveis. Baseou-se em uma pesquisa-ação experimental e quantitativa, na qual foi abordada uma turma com 16 alunos, entre 8 a 9 anos, que encontravam-se presentes em sala de aula no dia da ação. Dois livros serviram de material de apoio: Higiene Vocal Infantil – informações básicas, e Caderno de Intervenção em Disfonia Infantil – diz a Vozinha, foram trabalhados assuntos como: funcionamento e produção da voz, respiração, psicodinâmica vocal, identidade, hábitos adequados de higiene vocal, além de alguns exercícios. Foi entregue um questionário com seis questões desenvolvidas pela pesquisadora. A média de idade foi de 8,56 anos. 56,25% dos alunos responderam que o ar entra pelo nariz e sai pelo nariz e/ou pela boca, 87,5% dos alunos responderam que a nossa voz é produzida na laringe (pregas vocais), 93,75% acreditam que podemos identificar sentimentos pela voz, todos os alunos (100%) afirmaram que gritar, tossir muito e imitar vozes não são saudáveis para a voz, e também concordaram que beber muita água, se alimentar bem e respeitar os colegas são hábitos benéficos para a saúde vocal. Portanto, observou-se que a maioria dos alunos demonstrou compreensão básica sobre a respiração e a produção da voz, embora ainda haja espaço para melhorias no entendimento conceitual. Ficou evidente que a maioria reconhece a voz como um meio de expressão emocional, além de compreenderem de forma satisfatória quais são os hábitos benéficos e maléficos para a nossa voz.

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