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HIPERCORTISOLISMO EM CANINO DA RACA DACHSHUND - RELATO DE CASO
Rafaela Marek Mirapalheta, Pietra de Vargas Gorga, Lusiane Petry dos Santos, Larissa Ribeiro Pereira

Última alteração: 07-11-2024

Resumo


O hipercortisolismo, também conhecido como Síndrome de Cushing, é uma doença endócrina comum em cães, caracterizada pela produção excessiva de cortisol. Esse distúrbio pode ocorrer devido à hiperatividade da glândula adrenal ou à secreção descontrolada de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise, podendo ser classificado de 3 diferentes formas: Hipófise dependente (DHP), adrenal-dependente (DHA) ou iatrogênica. Foi atendida em uma clínica veterinária, canino, fêmea, da raça Dachshund, 7 anos, 9,2 kg, apresentando poliúria, polidipsia, polifagia e rarefação pilosa da região ventral. A ultrassonografia abdominal revelou hepatomegalia, aspecto grosseiro e hiperecogênico, hiperplasia das adrenais (AE 0,87 cm em pólo caudal e 1,24 cm em pólo cranial e AD 1,08 cm em pólo caudal e 1,18 cm em pólo cranial), presença de gás na vesícula urinária, nefropatia aguda e gastropatia. No hemograma, observou-se trombocitose (594.000u/L)  e aumento significativo das proteínas plasmáticas (PPT:9,3g/dL); Nos exames bioquímicos  foram constatadas  elevação importante nas enzimas hepáticas (ALT  474U/L, FA 1806U/L e GGT 182,70U/L), além de hipercolesterolemia (522mg/dL). No exame qualitativo de urina observou-se baixa densidade urinária (1005) e presença de bactéria. Diante da suspeita clínica de hipercortisolismo foi realizado teste de supressão com baixa dose de dexametasona, cujo resultado positivo para hipercortisolismo (cortisol após 8h: 3,25µg/d, sendo valores maiores que 1,2µg/dl indicativo da doença). Conclui-se que o hipercortisolismo é uma doença endócrina recorrente em cães, resultando em sinais clínicos progressivos que impactam diretamente a qualidade de vida. Os exames de diagnóstico, como ecografia abdominal, avaliação hematológica, bioquímica e o teste de supressão com baixa dose de dexametasona, confirmaram o diagnóstico. O manejo precoce da condição é essencial para prevenir complicações graves, como hepatopatias, nefropatias e infecções recorrentes. A abordagem terapêutica individualizada é fundamental para garantir o bem-estar do paciente.

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