Última alteração: 06-11-2024
Resumo
Clínicas e hospitais veterinários são espaços de intenso fluxo de pessoas e animais, muitas vezes, imunossuprimidos. Estes ambientes estão sujeitos à circulação de vários microrganismos, entre eles, fungos anemófilos, que se categorizam como fungos que se dispersam no ar atmosférico. Embora sejam considerados ambientais, a inalação destes pode agravar a situação clínica dos animais internados. O objetivo deste trabalho é avaliar a presença de fungos no ar atmosférico dos setores de maior circulação do Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (HV-ULBRA), em Canoas. Foram analisadas amostras de ar de seis setores, a UTI de pequenos animais (S1), internação de felinos (S2), internação dos grandes animais (S3), tratamentos dos pequenos animais (S4), emergência (S5) e consultório (S6), no mês de setembro de 2024. As coletas foram realizadas pelo do método de exposição ao ar de placas de Petri em meio de cultura Ágar Sabouraud dextrose (KASVI®), elevadas a um metro de distância do chão, abertas por 15 minutos, seguidas de incubação em temperatura de 35ºC durante sete dias. A identificação dos fungos foi realizada através do exame direto, com fita de acetato e corante azul de lactofenol, levando em consideração a identificação de esporos. Todas as placas inspecionadas apresentaram cultivo de colônias fúngicas. O setor de UTI e internação de felinos apresentaram cultivo de Penicillium spp. e Cladosporium spp., nos setores consultórios, emergência e tratamentos dos pequenos animais houve a identificação de Cladosporium spp., já no setor de grandes animais houve predomínio de Aspergillus spp. e Mucor spp. Todos os fundos identificados foram classificados como ambientais. O controle da presença de microrganismos no ambiente hospitalar protege as pessoas e os animais que transitam no local, pois, estabelecer a microbiota do local, permite adotar medidas de prevenção e redução da incidência de patógenos.
Palavras-chaves: Controle Ambiental; Hospital; Fungos.