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DADOS PRELIMINARES DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL MICROBIOLÓGICA NA INTERNAÇÃO DE CÃES E GATOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL (ULBRA)
Isabela Rodrigues Marques

Última alteração: 07-11-2024

Resumo


Infecções hospitalares (IH) em animais são adquiridas durante a internação ou procedimentos até após a alta. Os microrganismos responsáveis podem se disseminar no ar, água, superfícies e através de pacientes e envolvidos, aumentando o risco de morbidade e mortalidade. Identificar os microrganismos em setores hospitalares de alta rotatividade oferece base para desenvolver estratégias de controle e reduzir o risco de IH. Em setembro de 2024, foram coletadas amostras na internação de cães e de gatos no Hospital Veterinários da Universidade Luterana do Brasil (HV-ULBRA), especificamente da mesa, bancada da pia, torneira, almotolia, teclado do computador e alavancas dos dispenser de papel e sabão, utilizando swabs, previamente umedecidos em solução de cloreto de sódio 0,9%, e semeados em meio ágar sangue, incubados à 37º C por 24 horas. Os isolados foram avaliados tradicionalmente por características morfológicas, tintoriais e bioquímicas. Observou-se que a maioria das colônias eram de cocos Gram-positivos (G +), pequenos, curtos e com organização variada, características comuns em ambientes hospitalares. Também foram encontrados bacilos G +, muitos esporulados. A maioria das colônias não apresentavam hemólise, indicando menor presença de bactérias patogênicas. As colônias variaram em coloração de branca a amarela, com superfícies lisas e brilhosas, com algumas rugosas, especialmente associadas a bacilos. A presença de bacilos esporulados e a variabilidade nas características das colônias exigem atenção à disseminação de possíveis patógenos associados a fatores de virulência.  A maioria das bactérias eram catalase positivas, sugerindo a presença de estafilococos. Já as colônias de cocos G + negativos para catalase possivelmente pertencem a outros gêneros, como estreptococos. Esses dados preliminares indicam uma significativa contaminação microbiológica nas internações de pequenos animais no HV-ULBRA, destacando a necessidade do reforço das práticas de higienização e desinfecção, minimizando o risco de IH em animais.


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