Última alteração: 13-11-2024
Resumo
A história do tabaco datamos a 8.000 aC, com os povos indígenas das Américas usando a planta em rituais. Originário dos Andes, o tabaco foi reservado pela América Central e provavelmente chegou ao Brasil com o povo Tupi-Guarani. Em meados do século XVI, a rainha da França Catarina de Médicis popularizou o tabaco em pó e, a partir daí, a prática se fez para os cortes europeus. A industrialização completa dos cigarros ocorreu no século XIX, aumentando cada vez mais seu consumo. Mário Kroeff inspirou a ligação inicial entre alcatrão e câncer oral. Na década de 1950, pesquisas confirmaram a ligação entre o fumo e o câncer de pulmão, levando muitos ao redor do mundo a questionar os benefícios de fumar cigarros. Herbert A. Gilbert, desenvolveu e panteou em 1963 os primeiros cigarros eletrônicos. Em 2003, Hon Lik modernizou com o uso de bateria para aquecer um líquido que produz aerossol, com o principal propósito de substituir o cigarro convencional, criando a falsa ilusão de menor malefício que o fumo por tabaco. O alcatrão encontrado nos cigarros convencionais é cancerígeno, ao passo que o vapor dos cigarros eletrônicos possui substâncias químicas específicas, metais pesados, alto teor de nicotina e sais de nicotina, sendo que o seu uso ocasiona uma maior dependência, por obter mais concentrações de nicotina que o cigarro convencional. Eles são dispositivos combustíveis de bateria que aquecem um líquido em um aerossol. Embora acredite-se serem mais seguros, ambos os produtos têm impacto na saúde bucal e são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer bucal. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura completa sobre os impactos dos cigarros eletrônicos na cavidade bucal, bem como seu potencial risco para o desenvolvimento do câncer bucal. Assim como o cigarro convencional, os cigarros eletrônicos são prejudicais à saúde geral, além de ser um fator de risco para desenvolvimento de câncer bucal, é possível que em um futuro nem tão distante, já possamos observar o câncer bucal em pacientes cada vez mais jovens. Apesar dos cigarros eletrônicos serem proibidos no Brasil, as vendas estão crescendo entre os adolescentes, tornando urgente uma conscientização nacional e políticas públicas pertinentes e fortes na proteção da saúde da população, especialmente da cavidade oral.
Palavras-chave: tabaco; câncer bucal; saúde oral; cigarro eletrônico; EVALI.