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PSICOLOGIA EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS E DESASTRES: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ABRIGO DA ULBRA, CANOAS/RS
Aline Longhi Longhi Cirne da Silva

Última alteração: 11-11-2024

Resumo


Psicologia em situações de emergências e desastres: relato de experiência em abrigo da ULBRA, Canoas/RS

Aline Longhi Cirne da Silva[1]

Valmir Dorn Vasconcelos[2]

Vinicius Tonollier Pereira[3]

Demetrius Nunes4

Aline Groff Vivian 5

Fernanda Pasquoto 6

A implantação de um abrigo envolve a coordenação de redes de apoio, a gestão de recursos e a adaptação aos desafios emergentes, sendo estes elementos-chave de um processo de resposta aos desastres climáticos. Este relato descreve a experiência da organização de equipe de intervenção da Psicologia em contexto de emergência e desastre em um abrigo, no maior desastre socioclimático da história do Rio Grande do Sul (RS).  Em maio de 2024, o campus da ULBRA abrigou cerca de 8.000 pessoas em decorrência das enchentes que atingiram ao menos metade do município. Esta intervenção foi organizada por seis professores de Psicologia juntamente com mais de 100 voluntários da área, entre profissionais e estudantes de graduação. Foram organizados diferentes grupos de trabalho, em etapas que incluíram treinamento, contato com autoridades locais e Conselho Regional de Psicologia, organização de uma rotina diária e criação de métodos para registrar e comunicar informações cruciais. Os casos registrados que exigiram acompanhamento contínuo (n = 213) foram de 74% de mulheres (idade média = 35,60 anos; DP = 14,67; faixa etária de 4 a 82 anos), apresentando sintomas de Estresse Agudo/Pós-Traumático e Transtornos de Ansiedade (23%), Transtornos de Humor (16%), Sintomas Psicóticos (8%), Abuso de Drogas e Álcool (7%), Ideação Suicida (5%) e problemas relacionados a conflitos interpessoais (9%). A intervenção da Psicologia durou duas semanas e foi substituída pelos serviços de saúde pública assim que possível. Limitações foram encontradas devido à falta de treinamento prévio em gerenciamento de desastres e à ausência de planos de contingência governamentais, destacando a necessidade de investimentos na formação profissional da psicologia para atuação em emergências e desastres.

Palavras-chave: psicologia; emergências; desastres.


[1]Aline Longhi Cirne da Silva, Graduanda em Psicologia, Universidade Luterana do Brasil/Canoas, alinelonghi@rede.ulbra.br.

[2]Valmir Dorn Vasconcelos, Professor do Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil/Canoas, valmir.vasconcelos@ulbra.br.

[3]Vinicius Tonollier Pereira, Coordenador e Professor do Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil/Canoas, vinicius.pereira@ulbra.br

4Demetrius Nunes, Supervisor do Serviço Escola de Psicologia e Professor do Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil/Canoas, demetriusnunespsico@outlook.com.

5Aline Groff Vivian, Professora do Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil/Canoas, alinegvivian@gmail.com.

6Fernanda Pasquoto, Orientadora e Professora do Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil/Canoas, pasquoto.psicologia@gmail.com.

Área do conhecimento: Ciências da Saúde.


Texto completo: Pôster