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CONTRIBUIÇÕES DA ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR NO GRUPO DE SESSÕES LÚDICO-TERAPÊUTICAS DO PROJETO ÁGUA AZUL PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES COMUNICATIVO-PRAGMÁTICAS
CAROLINA FISCHER FONSECA

Última alteração: 28-10-2024

Resumo


O presente trabalho tem por objetivo descrever os achados iniciais coletados, a respeito das habilidades comunicativo-pragmáticas, de crianças com TEA do projeto de extensão Água Azul. A amostra é composta por 2 meninos, um de 9 anos (M1) e um de 5 anos (M2), ambos com diagnóstico de TEA há 2 anos. Eles realizam fonoterapia uma vez por semana e estão participando das sessões lúdico-terapêuticas desde agosto de 2024. As sessões lúdico-terapêuticas são num formato de grupo acolhendo 6 crianças, todas com TEA. Nas sessões utilizamos elementos lúdicos, para a interação do brincar, além de músicas, rimas e imagens como constructos de ponte para se observar os domínios das habilidades pragmáticas. Essas sessões ocorrem sob a orientação de uma fonoaudióloga, uma psicopedagoga, uma psicóloga e estudantes de pedagogia, psicologia, fonoaudiologia e educação física. Como instrumento norteador, foi aplicado o protocolo PAHPEA (Fernandes,2021) a partir da análise das filmagens realizadas nas sessões lúdico-terapêuticas. Após 7 semanas podemos apontar aspectos qualitativos relevantes no desempenho comunicativo de M1 e M2. No caso de M1 o uso da fala como forma de comunicação; a utilização de estruturas frasais mais complexas; a habilidade de narrativa, assim como a interação; a eficiência da comunicação; o uso de pedidos de ação e informação; jogo simbólico e iniciativa de comunicação foram acrescidas qualitativamente nesta criança.  Já no caso de M2, que é uma criança não verbal, e que faz uso da CAA (comunicação alternativa aumentativa), observou-se um aumento de sons orais e do aparecimento de palavras isoladas. Observando e descrevendo cada caso, pode-se inferir que cada uma dessas crianças se encontra em diferentes níveis de desenvolvimento de suas habilidades comunicativo-pragmáticas, além dos outros aspectos que caracterizam o sujeito com TEA. Acreditamos que o engajamento deste formato grupal de intervenção e de uma equipe interdisciplinar são aspectos diferenciais preponderantes para esses resultados em um curto espaço de tempo.

Palavras-chave: Autismo; habilidades comunicativo-pragmáticas; linguagem; equipe interdisciplinar.


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