Os filmes de terror provocam emoções intensas graças às técnicas cinematográficas, influenciando a resiliência psicológica dos espectadores, com benefícios ou não, conforme o tempo de exposição, especialmente em pessoas traumatizadas ou vulneráveis. O trabalho teve como objetivo compreender o impacto dos filmes de terror nas reações de medo da vida real e investigar os possíveis usos terapêuticos nessas situações, além de examinar as técnicas cinematográficas usadas para evocar medo e ansiedade. Foi analisada também a influência da personalidade e da experiência pessoal na resposta emocional dos espectadores. Os resultados mostraram que os filmes de terror podem ter efeitos positivos, como a limpeza emocional, ajudando os espectadores a controlar o medo e a tensão. No entanto, podem reativar traumas e criar novos medos irracionais, especialmente em pessoas vulneráveis. Sons e imagens intensos podem atuar como gatilhos de estresse, enquanto técnicas cinematográficas, como trilhas sonoras e ambientes escuros, amplificam o medo e a ansiedade. A pesquisa destacou a influência dos subgêneros de terror, que utilizam sons e técnicas específicas para evocar diferentes emoções. A metodologia incluiu uma pesquisa de campo com 38 alunos do ensino médio do Colégio Cristo Redentor, em Canoas/RS, e foi complementada por uma entrevista com o psicólogo Wagner Ramos, o que contribuiu para a construção do trabalho. Concluiu-se que os filmes de terror têm um enorme impacto na psique humana, oferecendo tanto benefícios quanto perigos terapêuticos. O consumo dessas obras merece atenção especial, sobretudo por parte das pessoas mais vulneráveis, para equilibrar os efeitos positivos e negativos. Reconhecer o potencial terapêutico dos filmes de terror, bem como seus riscos, é fundamental para um uso saudável e informado desse gênero.