A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um ambiente especializado, destinado ao atendimento de pacientes em estado grave que necessitam de cuidados contínuos. Esse cenário apresenta uma dinâmica complexa, demandando a concentração de recursos humanos e tecnológicos para monitoramento constante e intervenções rápidas em situações de emergência. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento de profissionais da saúde de UTI sobre infecções hospitalares e a percepção sobre capacitações multiprofissionais em serviço. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, realizado com profissionais de uma UTI em um hospital público de Ariquemes (RO). Foi utilizado um questionário elaborado pelos autores para avaliar o conhecimento sobre infecções hospitalares e capacitação multiprofissional, além de um questionário sociodemográfico, ambos aplicados entre maio e junho de 2024. Participaram 47 profissionais da UTI, a maioria do sexo feminino, com idade média de 39 anos. Na amostra, predominou técnicos de enfermagem que recebiam entre um e três salários-mínimos e tinham vínculo celetista. A maioria dos participantes possuía 10 anos ou mais de experiência, com uma média de quatro a cinco anos de atuação na UTI deste hospital. Todos utilizavam os EPIs básicos e consideravam a higienização das mãos como a medida mais eficaz. A maioria dos profissionais avaliou a prevenção de infecções hospitalares como extremamente relevante e reconheceu a prática de adorno zero como uma medida importante para o controle de infecções. Os profissionais de saúde ressaltam a necessidade de aumentar a frequência e a diversificação dos temas nas capacitações. É necessário avaliar o conhecimento da equipe multidisciplinar da UTI sobre infecções, com o objetivo de aumentar a conscientização e, assim, aprimorar a qualidade do atendimento e promover o autocuidado.