A biodigestão anaeróbica pode ser definida como a redução ao mínimo do poder poluente e dos riscos sanitários dos dejetos. Este tratamento residual de origem animal por meio da biodigestão anaeróbica pode ser considerado economicamente interessante para os produtores, já que a produção do biogás, que pode ser aproveitado na própria atividade agrícola em substituição a outras fontes energéticas, diminuindo os custos de produção e, do biofertilizante que não tem odor desagradável, não atrai moscas e pode ser aplicado em várias culturas (STEIL, 2001; MASSOTI, 2002).

De acordo com Kunz; Higarashi; Oliveira (2005) a tecnologia de biodigestão anaeróbia por biorreatores para estabilização de dejetos há muito tempo é conhecida. Vários modelos de biorreatores têm sido desenvolvidos e adaptados, visando aumentar tanto a eficiência desses sistemas quanto a redução de custos dos equipamentos.

O descarte inapropriado dos dejetos provenientes da digestão canina, é um problema recorrente de grande parte do Brasil, ocasionando sérios problemas do ponto de vista ambiental para sociedade, dificultando o sistema de coleta de resíduos, contaminando o solo e possivelmente nossa capitação de água potável.

Tendo em vista tal problema, este trabalho visa a utilização de material orgânico que atualmente é descartado, sendo que o mesmo pode ser encontrado em grandes quantidades e capaz de produzir biocombustível renovável e de baixo custo, sendo uma alternativa viável aos combustíveis fósseis.

O escopo do atual trabalho, visa analisar a viabilidade de construção de um biorreator anaeróbio em batelada para produção de biogás a partir da digestão anaeróbia de dejetos caninos e para alcançar essa meta, será necessário a construção do biorreator, a realização da caracterização físíco-química do substrato, a estimativa do biogás resultante e a produção do mesmo.