O consumo exacerbado de frutas e vegetais resulta em uma grande quantidade de biomassa. Uma das alternativas utilizadas para o reaproveitamento dessas biomassas é a reciclagem desses materiais orgânicos desperdiçados com base na extração de celulose e nanocelulose. A extração de celulose a partir de fibras vegetais é um exemplo da crescente busca por materiais com bom desempenho e qualidade. A celulose é uma matéria prima inesgotável por ser uma fonte renovável, é sustentável por ser biodegradável e tem o potencial para revolucionar as ciências dos materiais. O presente trabalho de cunho inovador tem como objetivo a valorização de um resíduo agroflorestal, a casca do pinhão, na obtenção de celulose e nanocelulose. Foram realizadas análises para caracterização química da casca do pinhão in natura, essas análises têm como objetivo quantificar os teores de celulose, lignina, umidade e cinzas. Obteve-se celulose através da extração por hidrólise ácida controlada em três ciclos utilizando-se Clorito de sódio (NaClO₂) 80%, água destilada e ácido acético (CH₃COOH) a uma temperatura constate. Sendo realizadas hidrólises para obtenção de nanocristais de celulose (NCC) e nanofibras de celulose (NCF). E para mostrar o êxito do trabalho desenvolvido e metodologia aplicados, serão realizadas caracterizações, tais como: difração de raios-X, espectroscopia de transformada de Fourier, microscopia de força atômica e avaliar a degradação térmica, que comprovarão o êxito na obtenção de nanocelulose oriunda da casca do pinhão.