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O alto índice de criminalidade vem sendo ligado a ideia de impunidade no país, desta feita a sociedade busca diversas formas para compensar esse sentimento de insegurança e anomia, desenvolvendo medidas habituais como a exigência da mudança da legislação através de sansões mais rigorosas, fato este que é possível ser observado na parcela da população mais conservadora que busca o aumento da maioridade penal como possível solução para a diminuição da impunidade, visando desta forma agravar a pena hoje imposta pelo Estado e alcançar penalmente os jovens infratores entre 16 e 17 anos. Esta perspectiva de prolongamento do tempo preso gera uma ideia de segurança nesta parcela populacional que desconhece ou ignora a realidade da ressocialização do sistema prisional nacional, uma vez que hoje as unidades prisionais são consideradas escolas do crime. Outra medida não tão habitual empreendida por parcela da sociedade para a resolução do problema da criminalidade e impunidade é a autotutela penal exercida através dos linchamentos e demais castigos físicos. Penas aplicadas pela própria população. Tais ações extraoficiais que o presente artigo tem como objetivo discorrer, apresentando os fatores que influenciam e caracterizam o comportamento dos grupos que através de um crime buscam punir outro crime, destacando os linchamentos ocorridos no Estado do Amazonas e suas consequências, judiciais e para suas vítimas, ressaltando os Direitos Humanos violados, retrocesso referente a estes Direitos e o legitimo papel Estatal de punir deixado de lado.