Última alteração: 25-10-2018
Resumo
O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e inúmeras são suas vantagens. Para a mãe, há uma possível proteção contra câncer de mama e ovário; e para a criança, os principais benefícios incluem a proteção das vias respiratórias e do trato gastrintestinal contra doenças infecciosas. O leite materno promove ganho de peso adequado, é livre de contaminação, promovendo proteção imunológica, e estimula o vínculo afetivo entre mãe e filho1. Alguns problemas enfrentados pelas nutrizes durante o aleitamento materno, se não forem precocemente identificados e tratados, podem ser importantes causas de interrupção da amamentação2. Nesse sentido, o enfermeiro deve contribuir para o fortalecimento de sua prática profissional no manejo clínico da amamentação, pois a formação da enfermagem está entrelaçada com a perspectiva do processo de cuidar, intimamente ligada com o cuidado em saúde que perpassa pelas estratégias de orientação no manejo clínico da amamentação, a qual promove o aleitamento exclusivo e complementar, respaldado pelas Políticas Públicas na área do aleitamento materno3. Com o objetivo de relatar a experiência vivenciada por acadêmicas do curso de enfermagem sobre a atuação do enfermeiro diante das dificuldades de mães para amamentar o RN nas primeiras horas de vida, foi realizado um estudo descritivo, pautado no relato de experiência e baseado nas observações durante a Prática de Saúde do Neonato em uma Maternidade Pública de Manaus/Amazonas, realizado no segundo semestre de 2018. Como resultado, no decorrer do estágio foi possível identificar algumas dificuldades durante a amamentação como a má pega pela posição inadequada do RN pelo fato da mãe ser primípara causando fissuras no mamilo e consequentemente com seu estado emocional afetado verbalizando ser incapaz de amamentar. Diante dessa realidade a enfermeira interveio orientando quanto a posição apropriada para o RN fazer uma boa pega, comunicando-se com empatia e de forma que a mãe se sentisse tranquila e capaz, resultando na mãe alimentando o RN satisfatoriamente. Conclui-se que diante das dificuldades que surgem em relação à amamentação do RN nas primeiras horas de vida, o enfermeiro dotado de conhecimento e habilidades, tem papel fundamental mediante intervenções que visem promover o enfrentamento dos problemas, proporcionando às puérperas orientações em relação as dúvidas, dando apoio emocional, ajudando a tomar decisões e proporcionando bem estar. A vivência no campo de prática permitiu experiência e pensamento crítico sobre a relevância da enfermagem enquanto ciência, permitindo o aprimoramento da capacidade para a elaboração de estratégias específicas de intervenção no âmbito da amamentação.