Portal de Eventos da ULBRA., XVIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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A COMUNICAÇÃO DE UMA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: RELATO DE CASO
Claudia Garcia Carrijo Fernandes, Claudio Schubert, Doris Cristina Gedrat, Andre Guirland Vieira

Última alteração: 24-08-2018

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem que afeta a capacidade da pessoa comunicar-se, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia, sendo um dos desafios dessa síndrome desenvolver meios que promovam a inclusão social, em especial, focando no aspecto da comunicação. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de uma criança com diagnóstico de TEA, onde realizou observações no domicilio do paciente, durante um final de semana (dois dias) no mês de abril/2018. A comunicação da criança ocorre através do Sistema de Comunicação por Troca de Figuras - PECS (Picture Exchange Communication System). O sistema passa a ensinar a discriminação de figuras e como juntá-las formando sentenças, sendo que nas fases mais avançadas, os indivíduos aprendem a responder perguntas e fazer comentários. Resultados e discussão: A criança estudada tem oito anos, é do sexo masculino, está cursando o segundo ano do ensino fundamental e encontra-se alfabetizado. Aos cinco anos iniciou uma terapia alternativa - Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) que é definida como uma integração de símbolos (gestos, sinais, imagens), recursos (pranchas, álbuns, softwares), técnicas (apontar, acompanhar, segurar) e estratégias (usos de histórias, brincadeiras, imitações) como incentivo a comunicação. Atualmente a criança fala, porém não é uma fala funcional. A partir da observação, foi verificado que a forma de comunicação ocorre principalmente através das PECS, porém antes de formular sua frase o menino demonstrava uma intenção daquela ação e inclusive quando o mesmo era contrariado, apresentava atitudes de insatisfação. Em todos os momentos de conversa, foi também observada uma comunicação entre a criança e pesquisadora, muitas vezes sendo demonstrada pelo menino uma relação social, que vem de encontro com a afirmação de que para que haja um comunicado deve existir uma intencionalidade de comunicação. Considerações finais: Pode se observar com o menino estudado que mesmo com suas características do transtorno autista, existe em sua comunicação uma intenção, uma relação social, uma interculturalidade.


Palavras-chave


autismo, comunicação, PECS

Texto completo: PÔSTER