No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (2016), nas últimas décadas vários fatores contribuíram para o aumento da expectativa de vida da população brasileira. Estima-seque, em 2030 o país terá a quinta maior população idosa do mundo. Com o envelhecimento aumenta-se o risco do surgimento das doenças crônicas não transmissíveis, e com elas a consequente necessidade de utilizar medicamentos para o seu controle. Por apresentarem fragilidades e doenças crônicas, eles precisam fazer a utilização de diversos fármacos, caracterizando o que denomina-se de polifarmácia. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de polifarmácia nas visitas domiciliares (VD).  Concomitantemente, foi realizada a intervenção do farmacêutico para estimular e promover a adesão ao tratamento e a utilização de medicamentos.No decorrer das visitas constatou-se que a maioria dos pacientes apresentam doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares e diabetes. Verificou-se o uso de quatro medicamentos, em média, por paciente, além do uso de insulina. A automedicação também foi percebida em muitos dos casos. Dentre as intervenções realizadas estão a organização dos medicamentos por turno, de modo a facilitar a administração dos mesmos pelo paciente, informações sobre uso racional de medicamentos e a automedicação. Os pacientes que apresentaram uma maior dificuldade na utilização regular dos medicamentos terão um acompanhamento diferenciado até o prazo final da Residência em Saúde (2018/2). Contudo, tornou-se evidente que a polifarmácia está bastante presente devido ao uso concomitante de fármacos, juntamente com a facilidade de acesso aos medicamentos sem prescrição médica. Outro problema verificado foi o acumulo de medicamentos e a desorientação na forma correta de administrá-los. A atenção farmacêutica contribui com a utilização racional de medicamentos. Neste contexto o Farmacêutico é considerado de suma relevância, pelo fato de ser o elo entre a terapia farmacológica e o paciente.