Portal de Eventos da ULBRA., XVIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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CONTROLE DE Tibraca limbativentris POR EXTRATOS PROTEICOS DE FOLHAS E SEMENTES DE Moringa oleifera
Antonio Marcos Oliveira Santos, Arlete Beatriz Becker Ritt

Última alteração: 24-08-2018

Resumo


O Brasil destaca-se no ranking mundial em relação à produção de Arroz. Na última safra foram colhida mais de 12 milhões de toneladas, sendo a região Sul do Brasil, responsável por 71 % dessa produção. O Tibraca limbativentris Stal, 1860 (Hemiptera: Pentatomidae) é considerado uma das pragas mais prejudiciais à cultura do arroz no Brasil. A picada do inseto na base da planta, na fase vegetativa, provoca o sintoma conhecido como “coração-morto” e na fase reprodutiva a “panícula-branca”. O controle químico, com organofosforados, tem sido o método mais eficiente no controle deste inseto. No entanto, essa prática pode ocasionar diversas consequências tanto à saúde humana como ao ambiente. Neste contexto, observa-se a necessidade de desenvolver alternativas viáveis aos agroquímicos utilizados pelos produtores a fim de reduzir os impactos ambientais. Desta forma, o presente trabalho teve como principal objetivo, avaliar a ação de extratos proteicos de folhas e sementes de M. oleifera na mortalidade/repelência de adultos de T. limbativentris em condições de laboratório. Os extratos proteicos obtidos a partir de folhas e sementes foram quantificados pelo método de Bradford. Os experimentos foram realizados com três tratamentos: extrato de folhas, extrato de semente e controle (tampão NaPB), com três repetições cada, em delineamento completamente casualizado. Grupos de 50 insetos por repetição, foram acondicionados em frascos de vidro revestidos por tecido tule/voil, contendo plantas de arroz da cultiva BR-IRGA. O tratamento consistiu da aplicação, através de um borrifador manual, de 3,5 mL de cada um dos tratamentos. O número médio de insetos mortos/repelidos, após 24, 48, 120, 144 e 192 h foi contado e submetido à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, no programa computacional SISVAR 5.6. A mortalidade ao final das 192 horas com extrato proteico das folhas foi estatisticamente diferente, 20,9%, quando comparado  com o extrato de sementes que foi de 10,4%. O grupo controle apresentou uma mortalidade de 4,0%. Ambos os extratos proteicos de M. oleifera promoveram comportamento de fuga dos insetos, onde as porcentagens de insetos na base do frasco durante as primeiras 24 horas nos tratamentos de folhas (10%) e principalmente sementes (21,3%) foram estatisticamente diferentes do controle (0%). A bioatividade de repelência nos tratamentos foi confirmada com o extrato proteico das sementes (IR=0,87) nas primeiras 24 horas. Nossos resultados indicam que o extrato proteico de folhas de M. oleifera foi tóxico ao longo das 192 horas de exposição, para adultos de T. limbativentris ocasionando mortalidade (20,9 %), enquanto que o extrato das sementes apresentou efeito repelente nas primeiras 24 horas.

Palavras-chave


Tibraca; Moringa oleifera, Arroz

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