No Brasil, as poucas campanhas efetivas para promoção, e prevenção de saúde, podem estar correlacionadas com o aumento considerável no número de pessoas com comorbidades cada vez mais precoce. Entre essas, destaca-se o Diabetes Mellitus (DM), que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 2016, nos últimos 10 anos, cresceu 61,8%, ou seja, mais de 16 milhões de brasileiros sofrem com essa doença. O DM é considerada uma síndrome metabólica e tem uma relação direta com a doença periodontal. Deste modo, a interação entre o Diabetes e a Periodontite ocorre em uma ação bidirecional, na qual o diabetes favorece o desenvolvimento da doença periodontal e esta, quando não tratada, piora o controle metabólico do diabetes. Os mediadores químicos da inflamação da gengiva também dificultam a absorção de insulina, podendo causar uma descompensação glicêmica nos portadores de diabetes. O nível de controle glicêmico do paciente está relacionado à presença e severidade da doença periodontal. Pacientes diabéticos pobremente controlados têm um maior risco de desenvolver periodontite, quando comparados a diabéticos bem controlados e não-diabéticos. A residência multiprofissional em área profissional da saúde, criado a partir da promulgação da Lei n° 11.129 de 2005, permite avaliar o paciente como um todo, dando acompanhamento e resolubilidade as queixas por ele apresentadas, promovendo a promoção e a prevenção de saúde. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de atendimento multiprofissional a pacientes com DM em uso de insulina NPH e Regular com necessidade de tratamento odontológico usuários de uma UBS no Município de Canoas-RS. O relato foi desenvolvido por meio de observação clínica feita em visitas domiciliares (VD) de modo compartilhado entre os núcleos de Odontologia e Farmácia. E desenvolvida por meio de análises bibliográficas e artigos em bases de dados BVS Brasil- Bireme e Scielo. Os resultados preliminares apontam a necessidade de acompanhamento multiprofissional não apenas na adesão ao tratamento da DM, mas também na saúde bucal. Contudo, os pacientes diabéticos pobremente controlados têm um maior risco de desenvolver periodontite, quando comparados a diabéticos bem controlados e não-diabéticos. Todavia, os estudos epidemiológicos juntamente com a vivência profissional tem demonstrado que a diabetes é um fator de risco significativo para a periodontite e o risco de periodontite torna-se maior se o controle glicêmico for fraco em pessoas com diabetes mal controlada.