A indústria de transformação e em especial a produção de compósitos, possui presença significativa na cadeia produtiva de bens de produção. Sua participação no produto interno bruto do Brasil é cerca de 11%. O processo de extrusão para a produção de compósitos objetiva a mistura e homogeneização de resinas e enchimentos minerais. Este processo provoca desgaste mecânico acelerado das partes internas da extrusora, como barris e elementos de rosca. No processo de extrusão reativa, além da mistura e homogeneização de materiais, podem ocorrer várias reações químicas, com a presença de processos químicos corrosivos significativos, que podem causar falhas no equipamento e contaminação dos materiais processados. Para analisar os subprodutos resultantes da produção de monômero etileno-propileno (EPM) funcionalizado, uma mistura de EPM e sua água associada, anidrido maleico e peróxido de di-terc-butila foram submetidos, em um reator, a pressão de 300 kPa e 200 °C durante 60 minutos (condições na extrusora industrial). A mistura após este processo foi analisada por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e análise termogravimétrica. Os subprodutos identificados foram ácidos maleico, fumárico, oxálico e fórmico. A resistência à corrosão de várias ligas que podem ser usadas em uma extrusora, como X260 HTM, Inconel 625, Hastelloy C276 e Sanicro 28, foi determinada na presença desses subprodutos por espectroscopia de impedância eletroquímica e polarização potenciodinâmica. A liga Sanicro 28 apresentou a maior resistência à polarização, Rp, em todos os meios, em comparação com as outras ligas. As diferenças mais significativas nos valores de Rp foram observadas nas soluções de ácidos maleico e fumárico, nas quais o Sanicro 28 apresentou Rp média de 40 vezes e 100 vezes maior do que os valores apresentados pelas outras ligas, respectivamente.