Portal de Eventos da ULBRA., XVII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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HELMINTOS INTESTINAIS EM EQUINOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA ULBRA/CANOAS
Eduarda Souza Brandão, Antônio Alves de Quadro Neto, Renan Felipe Parizotti, Letícia da Silva, Eduardo Malschitzky, Cristine Dossin Bastos Fischer

Última alteração: 08-09-2017

Resumo


A equinocultura cresceu significativamente nos últimos anos, com especial interesse no bem estar dos animais, no seu desempenho e nas características fenotípicas. Isto tem levado muitos  proprietários a uma maior preocupação com as doenças relacionadas a espécie. As doenças parasitárias são importante causa de morbidade e mortalidade nos equinos. Estes animais são parasitados por mais de 90 espécies de helmintos e os gêneros mais importantes são Parascaris, Strongyloides, Strongylus, Trichostrongylus e Anoplocephala. Esse trabalho teve como objetivo identificar parasitos intestinais em fezes de equinos atendidos no Hospital Veterinário da ULBRA/Canoas, cujas amostras de fezes foram encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia do referido Hospital. Cada amostra tinha uma requisição individual contendo os dados do animal, histórico clínico e dados do proprietário. As amostras ficavam refrigeradas até o seu processamento e os métodos utilizados para diagnóstico parasitológico foram Willis-Mollay e Gordon e Whitlock, métodos de flutuação fecal para pesquisa de nematódeos. Foram processadas um total de 55 amostras fecais em ambas técnicas. Trinta e três animais (60%) eram da raça Crioula; 12 animais, sem raça definida (21,8%); 5 animais, da raça American troter (9,1%); 3, Quarto de Milha (5,5%) e 2, Puro Sangue Inglês (3,6%). Trinta animais (54,5%) eram fêmeas e 25 machos (45,5%).  A idade dos animais variou entre 10 meses e 26 anos, sendo que 65,4% dos animais tinham entre 3 e 10 anos de idade. Das 55 amostras fecais, 46 (86,3%) foram positivas para um ou mais nematódeos intestinais de equinos pelo método de Willis-Mollay. Ovos de parasitos da superfamília Strongyloidea foram identificados em 38 amostras (69,1%), família na qual está incluído o gênero Strongylus sp. e Trichostrongylus sp.. O gênero Parascaris sp. foi identificado em 14 amostras (25,5%), seguido por Oxyuris sp. em 3 (5,5%) e Stronyloides sp. em 2 (3,6%). Do total de amostras positivas, foram identificadas infecções simples em 36 (78,3%) e infecções mistas em 10 (21,7%), sendo a associação entre a superfamília Strongyloidea e o gênero Parascaris sp. a mais comum. O exame quantitativo de Gordon e Whitlock comparativamente ao exame de Willis-Mollay, identificou a presença de 45 (81,8%) amostras fecais positivas. Neste método foi possível avaliar a média de ovos por grama de fezes (OPG) nos animais positivos, que para Superfamília Strongyloidea foi de 628,6 OPG (50 a 3.600 OPG) e para o gênero Parascaris foi de 303,3 OPG (50 a 1.300 OPG). A cólica abdominal e o emagrecimento progressivo foram sinais clínicos descritos nos animais e que podiam estar relacionados aos parasitos intestinais diagnosticados, ainda que 96% dos proprietários relatassem o uso regular de anti-helmínticos. Este estudo comprova a importância do diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção das parasitoses intestinais de equinos, levando em consideração a resistência anti-helmíntica já relatada nesta espécie.


Palavras-chave


Equino, helmintose intestinal, Strongyloidea, Parascaris.

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