A realização das testagens rápidas para HIV, Sífilis, Hepatite B e C e para Gravidez faz parte da rotina dos(as) profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) num município da região metropolitana de Porto Alegre/Rs, onde recentemente, esses testes foram descentralizados, ou seja, os usuários podem acessar tal serviço em qualquer UBS. Nesse sentido, esta prática configura-se como um momento estratégico na prevenção de doenças e na promoção de saúde. No entanto, verifica-se um despreparo da equipe de saúde na orientação dos(as) usuários(as).  Assim, o objetivo do presente trabalho é propor um modelo de atendimento para a realização dos testes rápidos nas UBS, a partir do relato da experiência de uma residente em Saúde Comunitária na atenção básica. Este estudo qualitativo permitiu averiguar que os tipos de atendimentoque  possibilitariam a realização de ações de promoção e prevenção em saúde sexual e reprodutiva são:a demanda espontânea; a solicitação do profissional de saúde; a sala de espera; o teste rápido de gravidez. Contudo, na prática, observa-se que essas ações são realizadas apenas nos dois primeiros tipos de atendimento, sendo necessário ocupar também os espaços da sala de espera e do teste rápido.Outro ponto a ser destacado é o não aproveitamento do teste de gravidez como estratégia de planejamento familiar e de psicoeducação para doenças sexualmente transmissíveis. Assim, considera-se importante a realização de capacitações parao trabalhador em saúde, que o possibilitem atuar em ações na sala de espera, na entrevista inicial, no preparo para comunicação do diagnóstico, bem como na oferta do teste rápido após a realização do teste de gravidez.Tal modelo deve incluir, além dos aspectos físicos uma abordagem psicossocial, que abranja, também, aspectos da promoção e prevenção em saúde, bem como uma escuta qualificada.