Última alteração: 06-09-2016
Resumo
Ainda são poucos os estudos sobre a rotatividade no serviço público, principalmente em Instituições Públicas de Ensino. É de grande importância para os gestores públicos identificar os níveis e as causas da rotatividade, a fim de buscar alternativas que visem à retenção de talentos nas organizações. Rotatividade pode ser definida como o movimento de entrada e saída dos colaboradores em uma organização, independentemente de ter sido motivado pelo empregador ou por decisão do empregado (SILVEIRA, 2011, p. 10). A rotatividade é algo que prejudica não só o Governo, com os custos operacionais de novos concursos públicos e capacitação de novos servidores, como os usuários do serviço prestado. O presente trabalho objetiva identificar as causas da rotatividade de pessoal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, num Campus do interior, situado no município de Floresta – PE, nos anos de 2014 e 2015, período de vigência do edital de concurso. A pesquisa é aplicada, descritiva e qualitativa, utilizando-se o estudo de caso como método. Foi realizada a triangulação de dados, utilizando-se de observação direta, documentação da Coordenação de Gestão de Pessoas do Campus e pesquisas a sites e revistas especializados. A carreira dos servidores dos institutos Federais é divida em duas categorias: a de técnico administrativo e a de docentes. O índice de rotatividade foi calculado dividindo-se o número de desligamentos no período pelo número total de funcionário no período, multiplicado por 100. A classificação desse índice ,segundo Campos e Malik (2008), consiste em: de 0 a 25% ao ano, adequada; de 25 % a 50% ao ano, ruim; acima de 50% ao ano, crítico. Foram listados todo os servidores desligados no período 2014 a 2016. No primeiro ano em estudo o quadro de servidores era de 95 havendo 7 desligamentos (7,36%), já no segundo ano o quadro era de 103 havendo 20 desligamentos (19,41%). Dos 27 desligamentos 66,66% foram docentes e 33,34% técnicos administrativos. 62,96% foram removidos, 22,22% redistribuídos e 14,82% tomaram posse em outro cargo inacumulável, sendo esse percentual formado exclusivamente de técnicos administrativos. 74,07% foram removidos ou redistribuídos para cidades onde moravam antes de assumir o cargo, ou para cidades próximas aos familiares. O índice de rotatividade para o Campus foi considerado adequado, e o principal motivo observado para desligamento é o fato dos servidores buscarem estar mais próximo dos familiares. Não houve desligamento por motivo de posse em outro cargo para a categoria docente, apenas para técnico administrativo. É importante que se tenha registros dos motivos da movimentação de pessoal através de realização de entrevistas de desligamento com os servidores de forma a ajudar o desenvolvimento de política de gestão de pessoas no órgão, de forma a reter e desenvolver seu quadro de pessoal.